sábado, 25 de abril de 2009

IMAGENS

"Farás também dois querubins de ouro; de ouro batido os farás, nas duas extremidades do propiciatório." (Ex 25,18)
Muitas vezes andando nas ruas encontramos pessoas vestidas com ternos e com uma Bíblia na mão, ensinando que usar imagens em igrejas é idolatria.
Por este motivo costumam chamar os católicos de idólatras, isto é, adoradores de ídolos, que quer dizer adoradores de falsos deuses. E ainda acusam a Igreja Católica de ensinar a adoração destas imagens.
Os protestantes encaram o uso das imagens sacras como um insulto ao mandamento divino que consta em Ex 20,4 que proíbe a confecção delas.
A Igreja Católica sempre defendeu o uso das imagens. Estaria a Igreja Católica desobedecendo a ordem divina em Ex 20,4?
A Igreja Católica é a única Igreja que tem ligação direta com os apóstolos de Cristo, sendo ela a guardiã da doutrina ensinada por eles e por Cristo, sem lhe inculcar qualquer mudança. Se ela quisesse mesmo agir contra a ordem divina, teria adulterado a Bíblia nas passagens em que há a condenação das imagens.
Na Bíblia católica - pois a Bíblia protestante não contém sete livros relativos ao Velho Testamento- o Livro da Sabedoria condena como nenhum outro a idolatria (Sb 13-15). Não poderia a Igreja repudiar o livro como fizeram os protestantes?
Na Sagrada Escritura há outras passagens que condenam a confecção de imagens como por exemplo: Lv 26,1; Dt 7,25; Sl 97,7 e etc. Mas também há outras passagens que defendem sua confecção como: Ex 25,17-22; 37,7-9; 41,18; Nm 21,8-9; 1Rs 6,23-29.32; 7,26-29.36; 8,7; 1Cr 28,18-19; 2Cr 3,7,10-14; 5,8; 1Sm 4,4 e etc.
Pode Deus infinitamente perfeito entrar em contradição consigo mesmo? É claro que não. E como podemos explicar esta aparente contradição na Bíblia?
Isto é muito simples de ser explicado. Deus condena a idolatria e não a confecção de imagens. Quando o objetivo da imagem é representar, ou ser um ídolo que vai roubar a adoração devida a somente a Deus, ela é abominável. Porém quando é utilizada ao serviço de Deus, no auxílio à adoração a Deus, ela é uma benção. Vejamos os textos abaixo:
"Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem embaixo da terra, nem nas àguas debaixo da terra. Não te encurvarás a elas nem as servirás; porque Eu, o Senhor teu Deus, sou zeloso, que visito a maldade dos pais nos filhos até a terceira geração daqueles que me aborrecem."(Ex 20,4-5)
Note que nesta passagem a função da imagem é roubar a adoração devida somente a Deus. O texto bíblico condena a confecção da imagem porque ela está roubando o culto de adoração ao Senhor. A existência deste mandamento se deve pelo fato do povo judeu ser inclinado à idolatria, por ter vivido no Egito que era uma nação idólatra e por estar cercado de nações pagãs, que não adoravam a Deus, e que construíam seus próprios deuses. Deus quer dizer aqui "não construam deuses para vocês, pois Eu Sou o Deus Único e Verdadeiro".
"Farás também dois querubins de ouro; de ouro batido os farás, nas duas extremidades do propiciatório. Farás um querubin na extremidade de uma parte, e outro querubin na extremidade de outra parte; de uma só peça com o propiciatório fareis os querubins nas duas extremidades dele." (Ex 25,18-19)
Neste versículo, Deus ordena a Moisés que construa duas imagens de querubins que serão colocadas em cima da arca-da-aliança, onde estavam as tábuas da lei, dos dez mandamentos. Veja que os querubins aqui não são objetos de adoração, mas de ornamentação da arca. Salomão também manda construir dois querubins de madeira, que serão colocados no altar para enfeitar o templo (1Rs 6,23-29).
Para deixar mais claro ainda a proibição e a permissão do uso das imagens sacras, vejamos os próximos versículos:
"E disse o Senhor a Moisés: Faze uma serpente ardente e põe-na sobre uma haste; e será que viverá todo mordido que olhar para ela. E Moisés fez uma serpente de metal e pô-la sobre uma haste; e era que, mordendo alguma serpente a alguém, olhava para a serpente de metal e ficava vivo." (Nm 21,8-9)
"Este [Ezequias] tirou os altos, e quebrou as estátuas, e deitou abaixo os bosques e fez em pedaços a serpente de metal que Moisés fizera, porquanto até aquele dia os filhos de Israel lhe queimavam incenso e lhe chamavam Neustã."(2Rs 18,4)
Note que no primeiro texto de Nm 21,8-9, Deus não só permitiu o uso da imagem, como também a utiliza para o seu serviço; e a transforma em objeto de benção para seu povo, sinal de Seu amor por Israel.
E no segundo texto de 2Rs 18,4 a mesma serpente de metal que outrora foi construída por Moisés, é repudiada por Deus. Tornou-se objeto de adoração pois "os filhos de Israel lhe queimavam insenso". Deram a ela o culto devido somente a Deus. A Serpente de metal perdeu como nos mostra o texto, o seu sentido original, porque os filhos de Israel "não obedeceram à voz do Senhor, seu Deus; antes, tranpassaram seu concerto; e tudo quanto Moisés, servo do Senhor, tinha ordenado, nem o ouviram nem o fizeram."(2Rs 18,12)
Aí fica mais que claro que Deus não condena o uso das imagens sacras e sim a idolatria. É importante lembrarmos que há muitas outras formas de idolatria, como o amor ao dinheiro, aos bens materias, etc; que substituem o amor que devemos ter somente por Deus.

IMAGENS

Uma das mais freqüentes acusações que nós, católicos, sofremos de nossos irmãos protestantes, é a de praticar a "idolatria", porque, segundo eles, "adoramos" imagens. Trata-se de uma acusação absolutamente sem fundamento, que somente se explica pelo desconhecimento da Palavra de Deus. Com efeito, os protestantes falam esse tipo de coisa dos católicos, muitas vezes com violência e de modo agressivo, simplesmente porque não sabem o que é idolatria.

Idolatria não é o uso de imagens no culto divino, mas prestar a uma criatura o culto de adoração que devemos exclusivamente a Deus. É por isso que São Paulo Apóstolo nos adverte que a avareza é uma idolatria (cf. Col 3,5), uma vez que o avarento coloca o dinheiro no lugar de Deus, como o valor supremo de sua vida. Todo o comportamento humano depende de valores: é em vista de um determinado valor que escolhemos agir de um modo ou de outro. Se, por exemplo, preferimos gastar nosso tempo dando catequese para crianças, é porque essa opção nos pareceu mais valiosa do que outras.
Assim sendo, a forma como ordenamos as nossas ações vai depender de como hierarquizamos os valores que adotamos para reger nossas vidas. Se colocamos como valor supremo o prazer da vida corporal, certamente não poderemos levar uma vida de pureza e abnegação. Todavia, a forma como hierarquizamos esses valores, em nossa subjetividade, deve coincidir com a hierarquia objetiva dos valores presente no universo. Se isto não se der, haverá uma distorção entre a forma com que vemos o mundo e o próprio mundo.
Repetindo: a nossa hierarquia subjetiva de valores deve coincidir com a ordem objetiva de valores presente no cosmos. Se não for assim, estaremos dando a certas coisas mais importância do que elas merecem, enquanto a outras não prestamos o devido valor. Isto é introduzir a desordem em nossa alma, é quebrar a harmonia que deve existir em nosso interior.
Ora, o que há de mais importante no universo é Deus, pois é Ele quem o criou e sustenta no ser. Todo o cosmos depende de Deus para existir. Logo, também em nossa hierarquia de valores, Deus deve ocupar o primeiro lugar, como valor supremo. Todos os demais valores e ideais devem submeter-se a ele. Quando colocamos outro bem, valor ou ideal no lugar que é exclusivo de Deus, destoamos da ordem do cosmos e caímos na idolatria. Afinal de contas, todo o universo canta a glória de Deus (cf. Sl 18,2). Diz o salmista: "Louve a Deus tudo o que vive e que respira, / tudo cante os louvores do Senhor!" (Sl 150,5).
Quem, portanto, não coloca a Deus como valor supremo de sua vida, não apenas nega a adoração exclusivamente a Ele devida, como também prejudica a si próprio. Por isso Deus ordenou no primeiro mandamento de sua Lei: "Eu sou o Senhor teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da escravidão. Não terás outros deuses diante de mim" (Ex 20,2-3). Do mesmo modo o Senhor Jesus, quando repeliu o demônio que o tentava, repetiu o preceito: "Adorarás o Senhor teu Deus, e só a Ele servirás" (Mt 4,10).
Todavia, se devemos adorar somente a Deus, isso não significa que não devemos honrar e invocar seus santos e anjos. O mesmo Deus que ordenou que adorássemos só a Deus, também mandou honrar os pais (cf Ex 20,12), as autoridades públicas (cf. Rom 13) os nossos superiores e as pessoas mais idosas. Prestar honra a essas pessoas, simples criaturas, em nada prejudica a adoração devida exclusivamente ao Criador.
Se devemos honrar os governantes deste mundo, quanto mais os anjos, de cujo ministério Deus se serve para governar não só a Igreja, como também todas as coisas criadas. Foi por isso que Abraão prostrou-se diante dos três anjos que lhe apareceram em forma humana, para anunciar o nascimento de seu filho Isaac (cf. Gen 18,2).
Ensina a Igreja e a Sagrada Escritura que desde o início até a morte a vida humana é cercada pela proteção e intercessão do anjo da guarda: "Eis que eu enviarei o meu anjo, que vá adiante de ti, e te guarde pelo caminho" (Ex 23,20). Pela invisível assistência dos anjos, somos quotidianamente preservados dos maiores perigos, tanto da alma como do corpo. Com a maior boa vontade, patrocinam a nossa salvação e oferecem a Deus as nossas orações e nossas lágrimas. O Senhor Jesus advertiu que não se devia dar escândalo aos pequeninos, porque "seus anjos nos céus vêem incessantemente a face de seu Pai, que está nos céus" (cf. Mt 18,10). Se os anjos contemplam a Deus sem cessar, por que não seriam merecedores de grande honra?
Também o culto aos santos, longe de diminuir a glória de Deus, lhe dá o maior incremento possível. Canta a Virgem Maria no Magníficat que "o Poderoso fez em mim maravilhas" (Lc 1,49). Quando honramos retamente um santo, proclamamos as maravilhas que a graça de Deus operou na vida dele. Como se diz no Prefácio dos Santos, "na assembléia dos santos vós sois glorificado e, coroando seus méritos, exaltai vossos próprios dons". A santidade que veneramos nos homens santos é dom do único Santo. Honrando os santos, glorificamos a Deus que os santificou. Deus é um Pai amoroso, a quem muito agrada ver seus filhos intercedendo uns pelos outros. Ademais, quis associar suas criaturas na obtenção e distribuição de suas graças. Muitas coisas Deus não as concede, se não houver a intervenção de um intercessor. Para que os amigos de Jó fossem perdoados, por exemplo, foi necessária a sua intercessão: "O meu servo Jó orará por vós; admitirei propício a sua intercessão para que se não vos impute esta estultícia, porque vós não falastes de mim o que era reto" (Jó 42,8). Também não é sinal de falta de fé em Deus, recorrermos à intercessão dos santos em nossas orações. O centurião, por exemplo, recorreu à intercessão dos anciãos dos judeus (cf. Lc 7,3) para que Jesus curasse seu servo, mas nem por isso o Senhor deixou de enaltecer sua fé com os maiores elogios: "Em verdade vos digo que não encontrei tanta fé em Israel" (Lc 7,9). É verdade que temos um único Mediador na pessoa de Jesus Cristo Nosso Senhor. Só Ele nos reconciliou com o Pai pelo oferecimento de seu precioso sangue, entrando uma só vez no Santo dos Santos, consumou uma Redenção eterna (cf. Hebr 9,11-12) e não cessa de interceder por nós (cf. Hebr 7,25). Todavia, o fato de termos um único Mediador de Redenção, não significa que não podemos ter junto dele outros mediadores de intercessão. Se recorrer à intercessão dos santos prejudicasse a glória devida unicamente a Cristo Mediador, o Apóstolo Paulo não pediria, com tanta insistência, que seus irmãos rezassem por ele: "Rogo-vos, pois, irmãos, por Nosso Senhor Jesus Cristo e pela caridade do Espírito Santo, que me ajudeis com as vossas orações por mim a Deus" (Rom 15,30). "Se vós nos ajudardes também, orando por nós..." (2Cor 1,11). Se as orações dos que vivem nesta terra são úteis e eficazes para que sejamos ouvidos por Deus, quem dirá as orações daqueles que já estão em glória, contemplando a Deus face a face.
No livro dos Atos dos Apóstolos, conta-se que "Deus fazia milagres não vulgares por mão de Paulo, de tal modo que até, sendo aplicados aos enfermos os lenços e aventais que tinham tocado no seu corpo, não só saiam deles as doenças, mas também os espíritos malignos se retiravam" (At 19,11-12). E também que "traziam os doentes para as ruas e punham-nos em leitos e enxergões, a fim de que, ao passar Pedro, cobrisse ao menos a sua sombra algum deles" (At 5,15). Se as vestes, os lenços e a sombra dos santos, já antes de sua morte, removiam doenças e expulsavam demônios, quem será louco de dizer que Deus não possa fazer os mesmos milagres por intermédio deles, depois de mortos? E também disso as Sagradas Escrituras dão testemunho, quando se narra o episódio do cadáver lançado na sepultura do profeta Eliseu: "Logo que o cadáver tocou os ossos de Eliseu, o homem ressuscitou e levantou-se sobre os seus pés" (2Rs 13,21).
Todavia, se devemos honrar e venerar os santos e anjos como fiéis servidores do Senhor, é gravíssimo pecado colocá-los no lugar de Deus, prestando-lhes culto de adoração. Este abuso é estranho a verdadeira doutrina católica.
Quanto às imagens, é verdade que o Antigo Testamento proibia que fossem feitas: "Não farás para ti imagem alguma do que há em cima no céu, e do que há embaixo na terra, nem do que há nas águas debaixo da terra" (Ex 20,4). Todavia, precisamos compreender a razão desta proibição.
Os hebreus viviam no meio de povos idólatras, cujos deuses eram concebidos como tendo formas visíveis, muitas vezes com figura de animais. Para ressaltar a transcendência e a espiritualidade do Deus verdadeiro, este preceito proibia que os israelitas representassem a divindade com imagens. Com efeito, Deus em si mesmo não está ao alcance da nossa vista: é um ser puramente espiritual, não tem corpo, não cabe nos limites do espaço, nem pode ser representado por nenhuma figura. "Não vistes figura alguma no dia em que o Senhor vos falou sobre o Horeb do meio do fogo" (Dt 4,15).
Todavia, a encarnação do Filho de Deus superou a proibição de se fazer imagens. Isso porque, quando "o Verbo se fez carne, / e habitou entre nós" (Jo 1,14), Ele se tornou visível a nós como homem. Invisível em sua divindade, Deus se tornou visível na humanidade de nossa carne. Como diz o Prefácio do Natal do Senhor, "reconhecendo a Jesus como Deus visível a nossos olhos, aprendemos a amar nele a divindade que não vemos".
A diferença do cristianismo com todas as outras as religiões é que o nosso Deus se fez homem. O centro da Fé cristã é o mistério de Jesus Cristo, Deus e homem verdadeiro. Perfeitamente homem, sem deixar de ser Deus. Mesmo depois da Ressurreição, o Cristo manteve a sua natureza humana na sua integridade e perfeição, como fez questão de sublinhar aos Apóstolos: "Olhai para as minhas mãos e pés, porque sou eu mesmo; apalpai, e vede, porque um espírito não tem carne, nem ossos, como vós vedes que eu tenho" (Lc 24,39). Até hoje, no Céu, dentro do peito de Jesus bate incessantemente um coração de carne, em suas veias corre sangue verdadeiramente humano.
Jesus Cristo é "a imagem visível de Deus invisível" (cf. Col 1,15). Se antes eu não podia fazer imagens de Deus, pois enquanto tal Ele é invisível; após a Encarnação do Verbo eu não apenas posso como devo fazer imagens, para atestar que Deus se fez visível aos olhos dos homens. Ensina São João Damasceno: "Quando virmos aquele que não tem corpo tornar-se homem por nossa causa, então poderemos executar a representação de seu aspecto humano. Quando o Invisível, revestido de carne, torna-se visível, então representa a imagem daquele que apareceu..."
Assim sendo, toda vez que honramos uma imagem sagrada, damos testemunho da nossa Fé no mistério da Encarnação do Filho de Deus. Portanto, quem renega as imagens, de certo modo atenta contra a fé nesse mistério. Este foi o critério que São João propôs para discernir o anticristo: "Todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio na carne, é de Deus; todo espírito que divide Jesus, não é de Deus, mas é um anticristo, do qual vós ouvistes que vem, e agora está já no mundo" (1Jo 4,2-3). Rejeitar as imagens sagradas é voltar à Antiga Lei, quando Deus ainda não tinha se feito homem. Quem defende isso, para ser coerente, deve também praticar a circuncisão e guardar o sábado, como é prescrito na Lei de Moisés. Para essas pessoas, o Cristo não veio ainda.
Portanto, beijar uma imagem ou acender diante dela uma vela não são práticas idolátricas, mas atos de piedade. Somente pessoas ignorantes, que não compreendem os dogmas da Fé em seu verdadeiro sentido, podem ter a audácia de chamar de idolatria essas práticas.
Quem venera uma imagem, venera a pessoa que nela está representada. Aquilo que a Bíblia nos ensina com palavras, as imagens nos anunciam com figuras visíveis. A imagem re+presenta, ou seja, torna presente a pessoa simbolizada. Por isso podemos rezar diante das imagens como se estivéssemos diante das personagens que elas representam. Todavia, não podemos confundir essa presença, que é meramente uma presença simbólica, com a presença real de Nosso Senhor no Santíssimo Sacramento da Eucaristia. Na imagem Jesus está presente como em um símbolo, na Eucaristia como realidade substancial. Por isso, diante do Santíssimo Sacramento fazemos genuflexão, diante de uma imagem fazemos o sinal-da-cruz ou uma simples reverência de cabeça

Imagens

A Igreja Católica desde o começo entendeu que o uso de tais imagens não é condenado por Deus; o que Deus condena é a idolatria, ou seja, adorar as imagens como se elas fossem Deus, pois o próprio Deus pede que sejam feitas imagens (Ex 25, 18-20; IReis 6, 23-35 e 7, 29; Num 21, 8-9).Aparentemente os protestantes não fazem imagens, mas pensemos um pouco:Pense no símbolo da igreja Universal do Reino de Deus.O que te vem a cabeça?Sim, isso mesmo, uma pombinha dentro de um coração.Ora, Deus (Filho) se apresentou a nós em forma humana, por isso fazemos imagens de um homem, para representar Jesus e nos fazer lembrar dEle.Deus (Espírito Santo) se apresentou a nós em forma de pomba (Mat:3,16; Mar:1,10; Luc:3,22; Jo:1,32), por isso os pentecostais fazem imagens de pomba, para representar o Espírito Santo e nos fazer lembrar dEle.O mesmo acontece com as Chamas de Fogo, que várias igrejas pentecostais usam como símbolo; o Fogo também é uma representação do Espírito Santo (Atos:2,3).

Mas por que a Páscoa nunca cai no mesmo dia do ano?

O dia da Páscoa é o primeiro domingo depois da Lua Cheia que ocorre no dia ou depois de 21 março (a data do equinócio). Entretanto, a data da Lua Cheia não é a real, mas a definida nas Tabelas Eclesiásticas. (A igreja, para obter consistência na data da Páscoa decidiu, no Conselho de Nicea em 325 d.C, definir a Páscoa relacionada a uma Lua imaginária - conhecida como a "lua eclesiástica").
A Páscoa dos Judeus, conforme podemos ver em Ex12,1-6 – Dia 14, isto é, 14º dia que foi visto a lua nova, (A fase da lua é de sete dias, logo a cheia seria no dia 14). De 19 em 19 anos a esta data coincide. Então o mês é lunar, isto é, inicia-se com a 1ª visão da lua nova. O dia em que o Povo de DEUS atravessou o Mar Vermelho era lua cheia.
A Quarta-Feira de Cinzas ocorre 46 dias antes da Páscoa, e portanto a Terça-Feira de Carnaval ocorre 47 dias antes da Páscoa. Esse é o período da quaresma, que começa na quarta-feira de cinzas.
Com esta definição, a data da Páscoa pode ser determinada sem grande conhecimento astronômico. Mas a seqüência de datas varia de ano para ano, sendo no mínimo em 22 de março e no máximo em 24 de abril, transformando a Páscoa numa festa "móvel".

terça-feira, 21 de abril de 2009

Reflexão.

O nosso profetismo tem a missão primeira de trazer os que estão nas margens, e por isso precisamos fazer um exame de consciência, é preciso descer para as realidades do mundo, por isso queira descer do seu comodismo, das suas conveniências, por que senão nem mesmo você poderá receber o toque de Jesus!

A Perpétua Virgindade de Nossa Senhora

Desde o início do cristianismo Nossa Senhora era cultuada como “Áiepartenon“, isto é, a “sempre Virgem“.
A virgindade eterna de Maria é facilmente demonstrável, quer seja pela Sagrada Escritura ou pela Tradição, quer seja pela lógica.
O que devemos provar: a) Nossa Senhora era Virgem antes do parto; b) Nossa Senhora permaneceu Virgem durante o parto e c) Nossa Senhora permaneceu virgem após o parto.
Três asserções que vou provar aqui com a Bíblia na mão, e um pouco de lógica na cabeça. Aliás, a terceira já está provada pela própria explicação dos irmãos de Jesus. Todavia, vamos aprofundar mais um pouco a análise.

Nossa Senhora era Virgem antes do parto
A primeira asserção é admitida pelos próprios protestantes, pois se encontra positivamente no Evangelho: “O Anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma virgem desposada… e o nome da Virgem era Maria“. (Luc. I, 26).
Mais positivo ainda é o testemunho da própria Virgem objetando ao anjo: “Como se fará isso, pois eu não conheço varão?“. Nenhuma dúvida subsiste - Maria Santíssima era Virgem.

Nossa Senhora permaneceu Virgem durante o parto
A segunda asserção, mostrando que a Mãe de Jesus ficou virgem no parto, pode deduzir-se dos mesmos textos. O que é concebido por milagre deve nascer por milagre; o nascimento é a conseqüência da concepção; sem esta conseqüência, o milagre seria incompleto. Em outras palavras, Deus teria operado um milagre incompleto ao desejar manter a virgindade de Nossa Senhora e não tendo levado essa promessa até o final. “Como se fará isso, pois eu não conheço varão?” “O Santo, que há de nascer de ti, será chamado Filho de Deus, porque a Deus nada é impossível” (Luc 1, 35). A Deus nada é impossível, a virgindade de Nossa Senhora seria preservada, mesmo ela “não conhecendo varão“.
Continuamos na argumentação. O Evangelho nos mostra que Maria, tendo chegado ao termo ordinário da natureza, “deu à luz o seu filho. E estando ali, aconteceu completarem-se os dias em que devia dar à luz” (Luc. 1, 6).
Ora, “conceber” e “dar à luz” são dois termos de uma ação única. A mãe concebe, para dar à luz - é uma só ação: gerar filhos. O parto e a conceição são inseparavelmente ligados, sendo o primeiro o preço doloroso da segunda (perder a virgindade); sendo Maria Santíssima libertada da segunda parte, por meio do milagre de Deus, deve sê-lo da primeira, pois para Deus não é mais custoso fazer “nascer” virginalmente do que fazer “conceber” virginalmente.
Ademais, se a ação virginal havia começado, pela ação do Espírito Santo, Deus completaria essa ação no momento em que esta chegasse ao seu final. É uma conseqüência lógica e necessária, sob pena de negar o milagre completo de Deus manifestado em sua vontade e na resolução de Nossa Senhora de manter a virgindade.
A própria dúvida de Nossa Senhora em relação à concepção deixa claro a posição dela perante a virgindade: “Como se fará isso, pois eu não conheço varão?“. O Anjo resolve o problema: “O Santo, que há de nascer de ti, será chamado Filho de Deus, porque a Deus nada é impossível” (Luc. 1, 35).
A conceição da Virgem Santíssima é, pois, obra do Espírito Santo: “O Espírito Santo descerá sobre ti e a virtude do Altíssimo te cobrirá com sua sombra. E por isso mesmo o santo que há de nascer de ti será chamado Filho de Deus.” (Luc. 1, 35).
”Conceber” Jesus e “dá-lo à luz” são, textual e literalmente, um só milagre, o milagre da encarnação. Separar estes dois termos, que o Evangelista resumiu de propósito numa única frase, é adulterar de maneira visível o texto e a significação da palavra de Deus.
Sendo Nossa Senhora virgem antes do parto, deve sê-lo também durante o parto, pois o milagre da encarnação é uno e completo. E isto é muito conforme à profecia: “uma virgem conceberá e dará à luz“. É o próprio Evangelho que faz a aplicação desta profecia: “Ora, tudo aconteceu para que se cumprisse o que foi dito pelo Senhor, por meio do profeta” (Mat. 1, 22). Ou seja, conceber e dar à luz, virginalmente!
A Virgindade de Nossa Senhora antes e durante o parto é uma verdade que não se pode negar, senão espezinhando-se todas as regras da lógica e da hermenêutica. Deus quis manter a virgindade de Nossa Senhora antes e durante o parto, não o precisava, mas assim o fez.

Nossa Senhora permaneceu virgem após o parto
Sobre a virgindade de Nossa Senhora após o parto, já provamos anteriormente. Todavia, para dar mais realce à explicação, façamos um pequeno exercício de hermenêutica.
Quando Nossa Senhora afirma, categoricamente, “eu não conheço varão“, ela não está dizendo que “até o momento eu não conheço“, mas que ela, por opção pessoal, não “conhece varão“, o que dá uma extensão geral à sua afirmação.
Segundo a tradição, Nossa Senhora havia feito um voto de castidade perpétua e assim o manteve, mesmo vivendo com S. José, como fica clara pela própria afirmação dela (”Eu não conheço varão”), quando já estava desposada de S. José.
Se não fosse propósito de Nossa Senhora manter a castidade perpétua, sua afirmação não teria propósito, pois o Anjo poderia lhe responder: “se ainda não conhece, conhecê-lo-á logo; não é José teu esposo? “. A sua afirmação só faz sentido, dentro do contexto, tendo Nossa Senhora feito o voto de castidade perpétua.
S. Marcos, na mesma linha, chama Jesus “O filho de Maria” - “uiós Marias” - (Marc. 6, 3), e não um dos filhos de Maria, como querendo mostrar que ele era o seu filho único.
Tudo isso ficará mais claro quando tratarmos da Imaculada Conceição segundo a Tradição, onde os evangelistas descrevem a virgindade perpétua de Maria Santíssima.

Desfazendo objeções: “antes de coabitarem“, “filho primogênito” e “não a conhecia até que ela desse à luz“
a) “antes de coabitarem“
S. Mateus: “Maria, sua Mãe, estava desposada com José. Antes de coabitarem, ela concebeu por virtude do Espírito Santo” (Mt 1, 18). Ora, “antes de coabitarem” significa apenas “antes de morarem juntos na mesma casa“. Isso aconteceu quando “José fez como o anjo do Senhor lhe havia mandado e recebeu em sua casa sua esposa (Maria)“(Mt 1, 24)

b) “filho primogênito“
S. Lucas: “Maria deu à luz o seu filho primogênito” (Lc 2, 7). Explicação: É errado concluir que devia seguir o segundo filho. A lei de mosaica exige que todo o primogênito seja consagrado a Deus, quer seja filho único ou não: “Consagrar-me-ás todo o primogênito (primeiro gerando) entre os israelitas, tanto homem como animal: ele é meu” (Ex 13, 2). Um exemplo elucidativo encontrado no Egito, retirado de uma inscrição judaica: “Arisoné entre as dores do parto morreu ao dar à luz seu filho primogênito“. Ou no Êxodo, quando Deus disse: “Todo o primogênito na terra do Egito morrerá” (Ex 11, 5). E assim aconteceu. “Não havia casa em que não houvesse um morto” (Ex 11, 30). Necessariamente, havia, como em todos os países, casais de um só filho; por exemplo, todos os que se tinham casado nos últimos anos…
Depois, em outro trecho, Deus ordena: “contar todos os primogênitos masculinos dos filhos de Israel, da idade de um mês para cima” (Num 3, 40). Ora, se há primogênito de um mês de idade, como é que se pode exigir que, para haver primeiro, haja um segundo?
Logo, há primogênito sem que haja, necessariamente, um segundo filho.
A primogenitura era um título de dignidade e de honra entre os Judeus. Geralmente, o filho, primeiro, tinha direito a certos privilégios, como os de herdeiro etc, ficando sujeito a certas obrigações, como vemos na Bíblia. (Lc 2, 23)
É, portanto, de propósito e com razão que o Evangelista chama Jesus: “primogênito” - “ton protótokon“. Designa-o, deste modo, como herdeiro de David, como tendo um direito privilegiado sobre esta herança (cf Gen 10, 15 - 21, 12).
E é isso que se pode verificar na apresentação de Jesus no templo: “Depois que foram concluídos os dias da purificação de Maria, segundo a lei de Moisés, levaram-no a Jerusalém para o apresentarem ao Senhor: Todo o varão primogênito será consagrado ao Senhor” (Lc 2, 22)
Essa passagem é muito clara e resolve de uma vez a discussão sobre a “primogenitura” de Nosso Senhor, pois a apresentação no templo ocorreu apenas 40 dias após o seu nascimento, como filho único de Nossa Senhora.

c) “não a conhecia até que ela desse à luz“
Em algumas traduções, aparece em S. Mateus: “José não conheceu Maria (= não teve relações com ela) até que ela desse à luz um filho (Jesus)”. (Mt 1, 25). Explicação: Seria errado insinuar que depois daquele “até” José devia “conhecer” Maria”. “Até“, na linguagem bíblica, refere-se apenas ao passado. Exemplo: “Micol, filha de Saul, não teve filhos até ao dia de sua morte” (II Sam 6, 23). Ou então, falando Deus a Jacob do alto da escada que este vira em sonhos, disse-lhe: “Não te abandonarei, enquanto não se cumprir tudo o que disse” (Gen 28, 15). Quererá isso dizer que Deus o abandonaria depois? Em outra passagem, Nosso Senhor diz aos seus Apóstolos: “Eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos” (Mt 28, 20).
Ora, o texto sagrado deixa claro que a palavra “até” é um reforço do milagre operado, a saber, a encarnação do verbo por obra do Espírito Santo, e não por obra de um homem (S. José).

A Imaculada Conceição
Reza o dogma católico que a Bem-aventurada Virgem Maria, desde o primeiro instante de sua conceição, foi preservada da nódoa do pecado original, por privilégio único de Deus e aplicação dos merecimentos de seu divino Filho.
O dogma abrange dois pontos importantes:
a) O primeiro é ter sido a Santíssima Virgem preservada da mancha original desde o princípio de sua conceição. Deus abrogou para ela a lei de propagação do pecado original na raça de Adão; ou por outra, Maria foi cumulada, ainda no começo da vida, com os dons da graça santificante.
b) No segundo, vê-se que tal privilégio não era devido por direito. Foi concedido na previsão dos merecimentos de Jesus Cristo. O que valeu a Maria este favor peculiar foram os benefícios da Redenção, na previsão dos méritos de Jesus Cristo, que já existiam nos eternos desígnios de Deus.

Como se dá a transmissão do Pecado Original
Primeiramente, é necessário esclarecer em que consiste a transmissão do “Pecado Original“. A lei geral: “Todos os homens pecaram num só” é o grande argumento dos protestantes contra a “Imaculada Conceição“. Tal lei é certa e, segundo vamos demonstrar, não encontra a mínima contradição com o dogma católico.
S. Francisco de Sales, no seu “Tratado do amor de Deus“, exprime essa verdade de um modo singelo e glorioso! “A torrente da iniqüidade original veio lançar as suas ondas impuras sobre a conceição da Virgem Sagrada, com a mesma impetuosidade que sobre a dos demais filhos de Adão; mas chegando ali, as vagas do pecado não passaram além, mas se detiveram, como outrora o Jordão no tempo de Josué, aqui respeitando a arca da aliança a torrente parou; lá em atenção ao Tabernáculo da verdadeira aliança, que é a Virgem Maria, o pecado original se deteve.”
Os protestantes deveriam compreender a diferença essencial que há entre “pecar em Adão” e “pecar pessoalmente“, como são coisas bem distintas pertencer a uma raça pecadora e ser pecador.
De que modo, afinal, contraímos nós o pecado original?
Tal transmissão não se pode fazer pela “criação” da alma; afirmar isso seria dizer que Deus é o autor do pecado, o que é impossível e repugna. Não se transmite tão pouco pelos pais, pois a alma dos filhos não se origina das almas dos pais, mas é criada por Deus. A transmissão se efetua pela “geração“.
A alma é criada por Deus no estado de inocência perfeita, mas contrai a “mácula”, unindo-se a um corpo formado de um gérmen corrompido, do mesmo modo que ela sofreria, se fosse unida a um corpo ferido. É a opinião de Santo Tomás.
Santo Agostinho diz a propósito: “Apesar de nascerem de pais batizados, os filhos vêm à luz com o pecado original, como do trigo inutilizado germina uma espiga, em que o grão é misturado com a palha.”
Nesse mistério do nascimento de uma criança, pelo exposto, opera-se uma dupla conceição: a da alma e a do corpo. Foi nesse momento quase imperceptível que Deus preservou do pecado original a “pessoa” de Maria Santíssima. Criou sua alma, como criou as nossas. Os progenitores de Nossa Senhora formaram-lhe o corpo, como nossos pais formaram o nosso. Até aqui tudo é natural; o milagre da preservação limita-se ao instante em que o Criador uniu a alma ao corpo.
Desta união devia resultar a “transmissão do pecado“. Deus fez parar o curso desta transmissão, de modo que nela a união se operou, como se tinha realizado na pessoa de Adão, quando Deus, depois de ter feito o corpo do primeiro homem, soprou nele o espírito, constituindo-o na perfeição da inocência e justiça original.
Maria é uma segunda Eva… mas Eva antes de sua queda! Tal é a sublime doutrina da Igreja de Cristo.
A Exceção à Lei Geral
Seria possível objetar-se que Deus não tem poder para derrogar as leis gerais por Ele mesmo estabelecidas?
Seria negar a onipotência divina e fixar limites Àquele que não os tem.
É uma lei geral que “todos pecaram num só“. Tal fato é universal, e todas as criaturas a ele estão subordinadas. Todavia, nada impede que, antes de efetuar-se a união da alma com o corpo, Deus possa intervir e suspender “um dos seus efeitos”, o qual é, precisamente, a transmissão desse “pecado original“.
A Sagrada Escritura está repleta dessas derrogações de leis gerais. O movimento do sol e da lua está matematicamente fixado pela lei da natureza; entretanto, Josué não hesitou em fazê-lo parar: “Sol detem-te em Gibeon, e tu, lua, no vale de Hadjalon. E o sol deteve-se e a lua parou” (Jos. 10, 12-13).
É uma lei que as águas sigam a correnteza do seu curso. Entretanto, “Moisés estendeu a mão…” o mar deixou livre o seu leito, partiram-se as águas, com um muro à sua esquerda e à sua direita (Exod. 14, 21 e 22).
É uma lei que o um morto fique morto até à ressureição geral; entretanto, o próprio Cristo-Deus, diante do cadáver de Lázaro, já em putrefação, exclamou: “Lázaro, sai!” (Jo 11, 43 e 41). E imediatamente aquele que estava morto saiu vivo.
Que prova isso, demonstra que “para Deus nada é impossível” (Lc 18, 27).
Será, então, que os protestantes acham impossível que Deus preserve Maria Santíssima do Pecado Original?
Se a lei geral fosse superior ao poder de Deus, como ficaria o Homem-Deus? Ele, em sua natureza humana, foi preservado do pecado original, mesmo nascendo de uma mulher. Se fosse impossível a Deus manter Imaculada a sua Mãe, também seria impossível manter “imaculado” o Seu Filho único, que nasceu verdadeiro Homem e verdadeiro Deus.

Provas na Sagrada Escritura:
Depois da queda do pecado original, Deus falou ao demônio, oculto sob a forma de serpente: “Ei de por inimizade entre ti e a mulher, entre sua raça (semente) e a tua; ela te esmagará a cabeça” (Gen 3, 15). Basta um pouco de boa-vontade para compreender de que “mulher” o texto fala. A única mulher “cheia de graça“, “bendita entre todas“, na qual a “semente” ou (raça) foi Nosso Senhor Jesus Cristo (e os cristãos), é a Santíssima Virgem, a nova Eva, mãe do Novo Adão. Conforme esse texto, há uma luta entre dois antagonistas: de um lado, está uma mulher com o filho; do outro, o demônio. Quem há de ganhar a vitória são aqueles e não estes. Ora, se Nossa Senhora não fosse imaculada, essa inimizade não seria inteira e a vitória não seria total, pois Maria Santíssima teria sido, pelo menos em parte, sujeita ao poder do demônio através do Pecado Original. Em outras palavras, a inimizade entre a mulher (e sua posteridade) e a serpente, implica, necessariamente, que Nosso Senhor e Nossa Senhora não poderiam ter sido manchados pelo pecado original.
Na saudação angélica, quando S. Gabriel diz: “Ave, cheia de graça. O Senhor é convosco“. Ora, não se exprimiria desta maneira o anjo e nem haveria plenitude de graça, se Nossa Senhora tivesse o pecado original, visto o homem ter perdido a graça após o pecado.
A maneira da saudação angélica transparece a grandeza de Nossa Senhora, pois o Anjo a saúda com a “Ave, Cheia de Graça“. Ele troca o nome “Maria” pela qualidade “Cheia de Graça“, como Deus desejou chamá-la.
Ao mesmo tempo, a afirmação “o Senhor é convosco” abrange uma verdade luminosa. Se Nosso Senhor é (está) com Nossa Senhora antes da encarnação (”é convosco“). Sendo palavras anteriores à encarnação do verbo no seio da Virgem Maria, forçoso é reconhecer que onde está Deus não está o pecado. Ou seja, Nossa Senhora não tinha o “pecado original“.
Prossegue o arcanjo: Não temas, Maria, pois “achaste graça diante de Deus“. Aqui termina a revelação da Imaculada Conceição para começar a da maternidade divina: “Eis que conceberás no teu ventre e darás à luz um filho, e por-lhe-ás o nome de Jesus“. (Lc 1, 28).
Pela simples leitura percebe-se a conexão estreita entre duas verdades: “Maria será a mãe de Jesus, porque achou graça diante de Deus“.
Mas, que graça Nossa Senhora achou diante de Deus para poder ser escolhida como a Mãe Dele? Ora, a única graça que não existia - ou que estava “perdida” - era a “graça original“. Falar, pois, que: “Maria achou graça” é dizer que achou a “graça original“. Ora, a “graça original” é a “Imaculada Conceição“!
Os evangelhos sinóticos deixam claro que a palavra “Cheia de Graça“, em grego: “Kecharitoménê“, particípio passado de “charitóô“, de “Cháris“, é empregado na Sagrada Escritura para designar a graça em seu sentido pleno, e não no sentido corrente. A tradução literal seria: “omnino Plena Caelesti gratia” ou “Ominino gratiosa reddita“: “Cheia de graça“.
Ou seja, a tradução do latim: “gratia plena” é mais perfeita do que a palavra portuguesa: “cheia de graça“. Nossa Senhora não apenas “encontrou graça“, mas estava “plena” de Graça. Corroborando o que disse o Arcanjo logo em seguida: “O Senhor é contigo“.
Falando à Santíssima Virgem que Ela “achara graça“, o Arcanjo diz: Maria, sois imaculada, e, por isto, sereis a Mãe de Jesus Cristo.
Também é pela própria razão que se pode concluir a Imaculada Conceição. É claro que o argumento racional não é definitivo, mas corroborou com muita conveniência - e completa harmonia - para com ele. Se Maria Santíssima fosse manchada do pecado original, essa mancha redundaria em menor glória para seu filho, que ficou nove meses no ventre de uma mulher que teria sido concebida na vergonha daquele pecado. Se qualquer mácula houvesse na formação de Maria Santíssima, teria havido igualmente na formação de Jesus, pois o filho é formado do sangue materno.
S. Paulo assim se expressa sobre o ventre de onde nasceu o menino-Deus: “Cristo, porém, apareceu como um pontífice dos bens futuros. Entrou no tabernáculo mais excelente e perfeito, não construído por mãos humanas, nem mesmo deste mundo” (Hebr 9, 12).
Que tabernáculo é esse, “não construído por mãos humanas“, por onde “entrou” Nosso Senhor Jesus Cristo? Fica claro o milagre operado em Nossa Senhora na previsão dos méritos de seu divino Filho. Negar que Deus pudesse realizar tal milagre (Imaculada Conceição) seria duvidar de sua onipotência. Negar que Ele desejaria fazer tal milagre seria menosprezar seu amor filial, pois, como afirma S. Paulo: Deus construiu o seu “tabernáculo” que não foi “construído por mãos humanas“.
Ora, este tabernáculo, feito imediatamente por Deus e para Deus, devia revestir-se de toda a beleza e pureza que o próprio Deus teria podido outorgar a uma criatura.
E esta pureza perfeita e ideal se denomina: a Imaculada Conceição.

Agora examinemos a Tradição, desde os primeiros séculos:
S. Tiago Menor, o qual realizou o esquema da liturgia da Santa Missa, prescreve a seguinte leitura, após ler uns passos do antigo e do novo testamento, e de umas orações: “Fazemos memória de nossa Santíssima, Imaculada, e gloriosíssima Senhora Maria, Mãe de Deus e sempre Virgem“.
O santo Apóstolo não se limita a isso, mas torna a sua fé mais expressiva ainda. Após a consagração e umas preces, ele faz dizer ao Celebrante: “Prestemos homenagem, principalmente, a Nossa Senhora, a Santíssima, Imaculada, abençoada acima de todas as criaturas, a gloriosíssima Mãe de Deus, sempre Virgem Maria. E os cantores respondem: É verdadeiramente digno que nós vos proclamemos bem-aventurada e em toda linha irrepreensível, Mãe de Nosso Deus, mais digna que os querubins, mais digna de glória que os serafins; a vós que destes à luz o Verbo divino, sem perder a vossa integridade perfeita, nós glorificamos como Mãe de Deus” (S. jacob in Liturgia sua).
O evangelista S. Marcos, na Liturgia que deixou às igrejas do Egito, serve-se de expressões semelhantes: “Lembremo-nos, sobretudo, da Santíssima, intemerata e bendita Senhora Nossa, a Mãe de Deus e sempre Virgem Maria“.
Na Liturgia dos etíopes, de autor desconhecido, mas cuja composição data do primeiro século, encontramos diversas menções explícitas da Imaculada Conceição. Umas das suas orações começa nestes termos: Alegrai-vos, Rainha, verdadeiramente Imaculada, alegrai-vos, glória de nossos pais. Mais adiante, é pela intercessão da Imaculada Virgem Maria que o Sacerdote invoca a Deus em favor dos fiéis: “Pelas preces e a intercessão que faz em nosso favor Nossa Senhora, a Santa e Imaculada Virgem Maria.“.
Terminamos o primeiro século com as palavras de Santo André, apóstolo, expondo a doutrina cristã ao procônsul Egeu, passagem que figura nas atas do martírio do mesmo santo, e data do primeiro século: “Tendo sido o primeiro homem formado de uma terra imaculada, era necessário que o homem perfeito nascesse de uma Virgem igualmente imaculada, para que o Filho de Deus, que antes formara o homem, reparasse a vida eterna que os homens tinham perdido” (Cartas dos Padres de Acaia).
A doutrina da Imaculada Conceição era, pois, conhecida no primeiro século e por todos admitida. A esse respeito, nenhuma contradição se levantou na primitiva Igreja.
No século segundo, os escritos dos Santos Padres falam da Imaculada Conceição como um fato indiscutível. Entre os escritores e oradores deste século, contamos: S. Jusitino, apologista e mártir; Tertuliano e Santo Irineu.
No terceiro século, existem também textos claros em defesa da Imaculada Conceição. mas em menor quantidade.
Santo Hipólito, bispo de Porto e mártir, escreveu em 220: “O Cristo foi concebido e tomou o seu crescimento de Maria, a Mãe de Deus toda pura“. Mais além ele diz: “Como o Salvador do mundo tinha decretado salvar o gênero humano, nasceu da Imaculada Virgem Maria“.
Orígenes, que viveu em 226 e pareceu resumir a doutrina e as tradições de sua época, escreveu: “Maria, a Virgem-Mãe do Filho único de Deus, é proclamada a digna Mãe deste digno Filho, a Mãe Imaculada do Santo e Imaculado, sendo ela única, como único é o seu próprio Filho.”
Em um dos seus sermões sobre S. José, Orígenes faz o mensageiro celeste dizer ao santo: “Este menino não precisa de Pai na terra, porque tem um pai incorruptível no céu; não precisa de Mãe no Céu, porque tem uma Mãe Imaculada e casta na terra, a Virgem Bem-aventurada, Maria“.
No século quarto, aparecem inúmeros escritos sobre a Imaculada Conceição, cada vez mais explícitos e em maior número. Temos diante de nós as figuras incomparáveis de Santo Atanásio, de Santo Efrem, de S. Basílio Magno, de Santo Epifânio, e muitos outros, que constituem a plêiade gloriosa dos grandes Apóstolos do culto da Virgem Santíssima e, de modo particular, de sua Imaculada Conceição.
Um trecho de Lutero, para mostrar que nem ele se atreveu a contestar a Imaculada Conceição: “Era justo e conveniente, diz ele, fosse a pessoa de Maria preservada do pecado original, visto o filho de Deus tomar dela a carne que devia vencer todo pecado“. (Lut. in postil. maj.).
Este é um tema polemico, que causa em todo ambiente cristão um desconfortável questionamento, pois, os cristãos católicos acreditam e veneram Maria mãe de Jesus sempre virgem. Já os cristãos protestantes acreditam que Maria teve outros filhos, fundamentando nos Evangelhos que trazem claramente este termo: os irmãos de Jesus (cf: Mt 13,55 e Mc 6,3).
Para podermos responder este questionamento é preciso ter com base a figura da família para o judaísmo no tempo de Jesus. Toda a estrutura familiar era patriarcal, ou seja, o chefe da família era sempre o pai. Na sua falta, quem tomava o seu lugar era o filho mais velho. Sabendo que este deveria ter mais de doze anos, pois, menor que esta idade, juntamente com a mulher (mãe), a sociedade judaica os classificavam como uma categoria inferior como os surdos, os cegos, os pagãos, etc…
Tendo em vista esta compreensão familiar judaica, partimos agora para o termo propriamente dito: irmão, irmãos.
O termo irmão na cultura hebraica e aramaica transmite grau de parentesco e não somente os filhos de mesmos pais. Tomemos como exemplo Ló e Abrão, que era tio e sobrinho. Conforme Gênesis 11,27; 13,8 e 14, 12, conclui-se no primeiro texto, Ló como sobrinho de Abrão. No segundo é o próprio Abrão que diz ser irmão de Ló. Já no terceiro é confirmado que Ló é sobrinho de Abrão.
Podemos pensar assim: o Antigo Testamento foi escrito em hebraico e o Novo Testamento foi escrito em grego. Como fica o termo “irmãos de Jesus”, se esta explicação é da língua hebraica, mas o texto foi escrito em língua grega?
O termo grego usado é adeufos que significa grau de pertença, como no hebraico, mas também exprimem o termo irmão, irmãos, filhos dos mesmos pais. A situação fica ainda mais confusa. Afinal, Jesus teve outros irmãos ou não?
Os católicos têm o Dogma da Virgindade de Maria, ou seja: virgem antes, durante e depois o parto. Os protestantes afirmam que Maria após o nascimento de Jesus viveu sua relação conjugal, normalmente com José. Sabendo que para a cultura hebraica, a descendência era sinal da benção de Deus.
Recentemente um estudo feito por um arqueólogo americano constatou que José era viúvo e tinha outros filhos quando se casou com Maria. Estes que supostamente cresceram juntos com Jesus. Mas também outros que nasceram do casamento com Maria, mais novos que Jesus. É a ciência e a fé, que como dizem por aí, “devem andar juntas para a mesma direção”. E a fé católica, onde fica? E este dogma tão antigo e creditado pelos católicos?
A resposta, a própria Sagrada Escritura nos dá. Tendo-a como inspiração divina para os religiosos e como um testamento creditado, por ser da época, para os cientistas.
No Evangelho de Lucas 2,41-53, é relatado que, indo para a Páscoa em Jerusalém, na volta Maria e Jose se dão conta que Jesus não estava com eles. Encontrando-o no Templo, é Maria que conversa com Jesus, enquanto José fica em silencio. Primeira coisa, Jesus tinha doze anos, portanto não deveria ser Maria a questioná-lo, e sim José, tendo como base a estrutura familiar judaica. Um outro fato importante é justamente sobre os supostos filhos de José. Mesmo não sendo filhos de Maria, ela deveria tê-los como vossos, pois seriam da mesma família. Justamente por isso, Maria deveria ter ficado com os outros “irmãos de Jesus”, e não ir a sua procura, pois ele com doze anos, já seria cuidado diretamente pelo pai e não mais pela mãe. Assim, podemos concluir que Jesus era o filho mais velho daquele casal.
E os mais novos? Aqueles que vieram depois de Jesus?
No Evangelho de João 19,25-27, Jesus no alto da cruz, entrega João à sua mãe. Fez também a entrega de sua mãe para o discípulo João. Se Jesus tivesse outros irmãos mais novos, não seria João quem cuidaria de Maria, e sim o mais velho depois de Jesus. Com isso pode-se concluir que Jesus não tinha outros “irmãos” a não ser os discípulos.
Podemos questionar ainda sobre os nomes dos supostos “irmãos de Jesus” em Mc 6,3 e em Mt 13,55.
Para responder a isso, vamos ao Evangelho de Marcos 15,40 e 47. Tiago Menor, Joset e Salomé eram filhos de uma Maria. Em Mateus 27,56 aparece, Maria, Maria Madalena, e a mãe dos filhos de Zebedeu, que eram: Tiago Maior e João, o discípulo amado. Mas é no Evangelho de João 19,25-27, que se diferencia a Maria mãe de Jesus e a Maria mulher de Cléofas, que a Tradição diz ser irmão de José pai de Jesus. Ou seja, os nomes dos irmãos, na verdade são dos primos de Jesus.
Com isso, conclui-se que os verdadeiros irmãos de Jesus são todos aqueles que “ouvem a Palavra e a põe em pratica” (Mc 3,35).
Sendo o discípulo amado entregue a Maria, mãe de Jesus pode-se concluir que ali estava a primeira e verdadeira família de Jesus, que ultrapassando os laços sanguíneos, abre para nós a participação na sua família. Maria foi a única criatura que participou da família de Jesus no sangue e no espírito, pois, aceitou desde o Anuncio do Anjo a proposta de seguimento. Com isso, rejeitar Maria é rejeitar aquele que quis precisar dela para entrar na humanidade e assim, tornar cada um de nós humanos, participantes da sua divindade.

CASAMENTO DOS PADRES ?

Por que os Padres católicos não se casam ? Assim haveria mais vocação e menos escândalos. A própria Bíblia o recomenda em I Tim 3,2 : “É necessário que o bispo seja irrepreensível ; que tenha casado com uma só mulher…”
RESPOSTA : S. Paulo não era casado. ( veja I Cor 7,8 ). Numa das suas cartas ele recomenda : Sejam meus imitadores, como eu sou de Cristo”. Escrevendo, pois, a Timóteo, que também era bispo celibatário, não lhe podia aconselhar casamento. Porém, por falta de candidatos celibatários para a função episcopal ( naquela época ! ), ele lhe recomenda escolher também homens casados - virtuosos. Daí na sua carta ( I Tim 3,2 ) ele não coloca acento nas palavras : ” que seja casado “…, mas nas palavras :… “com uma só mulher”… - e não com duas ou três, mesmo que sucessivamente, - o que seria de moleza e muita paixão, deixando pouco zelo e dedicação para Deus e as almas. Em I Cor 7,32-33 S. Paulo apresenta os argumentos em favor do celibato : “O que está sem mulher, está cuidadoso das coisas que são do Senhor, como há de agradar a Deus. Mas o que está casado, está cuidadoso das coisas que são do mundo, como há de dar gosto à sua mulher.
A Igreja Católica reconhece que a exigência do celibato dos padres não é lei divina, mas de lei eclesial, que em circunstâncias especiais poderia ser abolida, mas opta pela maior perfeição, já que por este motivo os Apóstolos de Jesus deixavam a convivência matrimonial e familiar, para se dedicar inteiramente à propagação do Reino de Deus, - como consta de Lc 18,28-30: “Disse depois Pedro: “Eis que nós deixamos tudo o que nos pertence para te seguir”. Ele respondeu-lhes: “Em verdade vos digo, não há ninguém que tenha deixado casa, mulher, irmãos ou filhos, por causa do reino de Deus, que não receba o múltiplo no tempo presente, e no século que há de vir, a vida eterna”.
Assumindo livremente o celibato, o sacerdote imita a maneira de viver de Jesus - celibatário, - inteiramente dedicado às coisa do Pai e de seu Reino

Por quê batizar quando crianças?

ACUSAÇÃO : O batismo dos católicos não é válido ! Só os adultos que crêem podem receber validamente o batismo, que só vale por imersão !
RESPOSTA : Onde estão as provas bíblicas para esta afirmativa ? Não existem !
a ) Alguns afirmam que Jesus foi batizado no rio Jordão por imersão. Mas, os Evangelhos não falam disso ! Pode ter sido batizado como o apresentam antigas estampas: ficando com os pés no rio, enquanto S. João lhe derramava a água, com a mão, na cabeça. Na verdade, o modo de molhar o corpo com a água não tem importância ! Senão seria prescrito !
b ) Outros afirmam que “baptizare”, em grego, significa “imergir na água ” ; logo … Os biblistas, porém, documentam que em várias passagens da Bíblia esta palavra significa, igualmente, ” lavar “, ou “molhar ” na água as mãos, os dedos, os pés etc. São Paulo usa esta palavra em 1 Cor 10,2 : ” Todos ( os Israelitas ) foram batizados em Moisés, na nuvem e no mar “. ( - como símbolo do batismo cristão ) . Sabemos, porém, que este batismo não aconteceu por imersão pois os Israelitas, junto com todas as crianças, passaram o Mar Vermelho a pé enxuto, tocando apenas a areia úmida do mar. Quem tomou o “batismo por imersão”, foram os soldados egípcios! E todos pereceram !( Ex 14,19-20 ). No batismo vale mais a fé em Deus e a obediência a seu legítimo representante do que a maneira de aplicar a água.
c ) Alguns textos bíblicos indicam o batismo feito por imposição. Em At 8,36-38 lemos sobre o batismo do eunuco etíope, feito pelo diácono Filipe, no caminho entre Jerusalém e Gaza, onde não existe nenhum rio ou lagoa, em que seria possível batizá-lo por imersão. Há apenas pequenas nascentes.
At 9,18-19 relata o batismo de Saulo convertido numa casa de Damasco. Não havia piscina nem tempo para batismo por imersão; pois, lemos : “Imediatamente lhe caíram dos olhos como escamas, e recuperou a vista. Levantando-se, foi batizado, e tomando alimento recuperou as forças”. Igualmente em Filipos ( At 16,33 ) S. Paulo batizou o carcereiro : “Naquela hora da noite ( o carcereiro lavou-lhe as chagas e imediatamente batizou ele e toda a sua família “. E nos cárceres romanos não havia piscina !
d ) Como no caso acima, assim também na ocasião do batismo de Lídia e de Estéfanas, S. Paulo menciona que Lídia recebeu o batismo “com todos de sua casa “; ( At 16,14-15 ) e “batizei a família de Estéfanas” ( 1Cor 1,16 ), onde certamente não faltavam crianças pequenas.O próprio Jesus afirma a Nicodemos : “Em verdade, em verdade te digo, que quem não nascer da água e do Espírito Santo, não pode entrar no Reino de Deus “. Para os primeiros cristãos esta regra valia igualmente para as crianças. Por isso Santo Ireneu (que viveu entre 140 a 204 ) escreveu : “Jesus veio salvar todos os que através dele nasceram de novo de Deus: os recém-nascidos, os meninos, os jovens e os velhos “. (Adv.Haer. livro 2 ).Orígenes ( 185 255 ) escreve: “A igreja recebeu dos Apóstolos a tradição de dar batismo também aos recém-nascidos”. (Epist. ad Rom. Livro 5,9). E S. Cipriano em 258 escreve: “Do batismo e da graça não devemos afastar as crianças “. ( Carta a Fido ) .
e ) Na “nova e Eterna Aliança” o batismo substituiu a circuncisão da Antiga Aliança”, como rito da entrada para o povo escolhido de Deus. Ora , se o próprio Deus ordenou a Abraão circuncidar os meninos já no 8o. dia depois do nascimento, sem exigir deles uma fé adulta e livre escolha, então não seria lógico recusar o batismo às crianças dos pais cristãos, por causa de tais exigências.Por isso a Igreja Católica recomenda batizar as crianças dentro do primeiro mês, após o nascimento.Mesmo que as seitas não dêem valor à Tradição Apostólica, cada homem honesto reconhece os cristãos dos primeiros séculos conheciam muito bem e observavam zelosamente a doutrina e as práticas religiosas recebidas dos apóstolos.

QUAL A BASE BÍBLICA PARA A DOUTRINA DO PURGATÓRIO ?

Deus nos manda sermos santos: "Dirás a toda a assembléia de Israel o seguinte: sede santos, porque eu, o Senhor, vosso Deus, sou santo" (Lv 19,2).
A Bíblia ensina em diversas oportunidades que na morada de Deus não entra o pecado. Vejamos por exemplo Hebreus:
"E tão terrível era o espetáculo, que Moisés exclamou: Eu tremo de pavor. Vós, ao contrário, vos aproximastes da montanha de Sião, da cidade do Deus vivo, da Jerusalém celestial, das miríades de anjos, da assembléia festiva dos primeiros inscritos no livro dos céus, e de Deus, juiz universal, e das almas dos justos que chegaram à perfeição, enfim, de Jesus, o mediador da Nova Aliança, e do sangue da aspersão, que fala com mais eloqüência que o sangue de Abel" (Hb 12,21-24) (grifos meus).
O Apocalipse confirma que na “cidade do Deus vivo, da Jerusalém celestial” só entrarão as “almas dos justos que chegaram à perfeição”, veja:
"Levou-me em espírito a um grande e alto monte e mostrou-me a Cidade Santa, Jerusalém, que descia do céu, de junto de Deus, revestida da glória de Deus. Assemelhava-se seu esplendor a uma pedra muito preciosa, tal como o jaspe cristalino [...] Nela não entrará nada de profano nem ninguém que pratique abominações e mentiras, mas unicamente aqueles cujos nomes estão inscritos no livro da vida do Cordeiro" (Ap 21,10-11.27) (grifos meus).
O próprio livro do Apocalipse é rico em referências ao necessário estado de santidade em que se encontram aqueles que JÁ ESTÃO no Céu, veja em Ap 3,5; 7,9.13-14; 22,14.
Por isso é que sabendo de tudo isso exclamou Davi:
"Senhor, quem há de morar em vosso tabernáculo? Quem habitará em vossa montanha santa? O que vive na inocência e pratica a justiça, o que pensa o que é reto no seu coração, cuja língua não calunia; o que não faz mal a seu próximo, e não ultraja seu semelhante. O que tem por desprezível o malvado, mas sabe honrar os que temem a Deus; o que não retrata juramento mesmo com dano seu, não empresta dinheiro com usura, nem recebe presente para condenar o inocente. Aquele que assim proceder jamais será abalado" (Sl 14).
Depois de todos estes exemplos, é evidente que a santidade exigida por Deus desde o Levítico (Lv 19,2) é necessária ao justo para entrar no céu (Ap 21,10-11.27).
Precisamos entender que o pecado não é só o ato de pecar, mas a própria vontade desejosa de pecar já é pecado pelo Senhor, antes mesmo que o pecado se concretize em atos. Com efeito, Ele disse: "Eu, porém, vos digo: todo aquele que lançar um olhar de cobiça para uma mulher, já adulterou com ela em seu coração" (Mt 5,28) (grifos meus). O mesmo se confirma, por exemplo, em Hebreus: "Eu me indignei contra aquela geração, porque andavam sempre extraviados em seu coração e não compreendiam absolutamente nada dos meus desígnios" (Hb 3,10).
Acontece que o justo (aquele que se reconciliou com Deus) na maioria das vezes morre sem estar em estado de santidade, isto é, sua alma não se encontra entre as “almas dos justos que chegaram à perfeição” (cf. Hb 12,21-24). Se sua alma ainda não chegou à perfeição, significa que ele ainda possui vontade de pecar. Então como ele irá entrar no céu? Como irá entrar na “cidade do Deus vivo, da Jerusalém celestial”?
Claro que ele por ser justo não foi condenado ao inferno, porém pelo fato de ainda possuir inclinações ao pecado não pode entrar no Céu. Ele precisa então ser purificado de suas inclinações pecaminosas, este estado de purificação após a morte é que chamamos de Purgatório, pois purga, cura, o justo naquilo que ainda ele tiver de impuro.
O estado de purgatório não é uma substituição do sacrifício de Cristo na cruz, mas é uma continuação da Graça dispensada por Deus devido ao Sacrifício na Cruz. Ora, sabemos que a Graça do Espírito Santo nos foi dada por causa do Sacrifício de Cristo na Cruz. Esta Graça opera no homem santificando-o progressivamente, conforme muitas vezes ensinou S. Paulo: "É por isso que não desfalecemos. Ainda que exteriormente se desconjunte nosso homem exterior, nosso interior renova-se de dia para dia" (2Cor 4,16). Ver também Cl 3,9-10.
Dizer que o purgatório substitui a salvação de Cristo é o mesmo que dizer que a ação da Graça pelo Espírito Santo faz o mesmo. As duas coisas são ações da Graça de Deus, para nossa salvação por meio de Cristo.
Porém, por uma falta de maior colaboração do homem com a Graça, esta renovação do homem velho para o homem novo, muitas vezes não se completa na vida terrena, e precisa ser completada após a morte. Sobre isso Jesus ensinou: "Todo o que tiver falado contra o Filho do homem será perdoado. Se, porém, falar contra o Espírito Santo, não alcançará perdão nem neste mundo, nem no mundo vindouro" (Mt 12,32).
Ora, que tipos de pecados podem ser perdoados “no mundo vindouro”? Estes pecados são as inclinações pecaminosas que ainda subsistem na alma que morre na imperfeição. A expressão “no mundo vindouro” utilizada pelo Senhor é referência ao mundo pós-mortem.
Jesus ainda disse: "Entra em acordo sem demora com o teu adversário, enquanto estás em caminho com ele, para que não suceda que te entregue ao juiz, e o juiz te entregue ao seu ministro e sejas posto em prisão. Em verdade te digo: dali não sairás antes de teres pago o último centavo" (Mt 5,25-26) (grifos meus). Aqui há uma alusão do Senhor de que devemos colaborar com a Graça em vida, pois mesmo que o juiz nos ache justo, não teremos liberdade (morar no céu) até que todo pecado seja purgado (“teres pago o último centavo”), pois na “cidade do Deus vivo, da Jerusalém celestial” só entrarão as “almas dos justos que chegaram à perfeição” (cf. Hb 12,21-24). Veja ainda Mt 18,23-35; Lc 12,58-59.
S. Paulo também ensinou sobre o estado de purgatório das almas: "Quanto ao fundamento, ninguém, pode pôr outro diverso daquele que já foi posto: Jesus Cristo. Agora, se alguém edifica sobre este fundamento, com ouro, ou com prata, ou com pedras preciosas, com madeira, ou com feno, ou com palha, a obra de cada um aparecerá. O dia (do julgamento) demonstra-lo-á. Será descoberto pelo fogo; o fogo provará o que vale o trabalho de cada um. Se a construção resistir, o construtor receberá a recompensa. Se pegar fogo, arcará com os danos. Ele será salvo, porém passando de alguma maneira através do fogo" (1Cor 3,10-15) (grifos meus).
Assim como o as impurezas do ferro são tiradas no fogo, as impurezas da alma são sanadas no fogo do purtagório.
Na pergunta que tratamos de responder, o autor coloca o ano de 593 d.C sugerindo que nesta data tenha sido inventada a doutrina do purgatório. Quem consulta as fontes primitivas da Fé e faz uma coisa destas age com notória falta com a Verdade. Talvez o autor da questão tenha copiado o ano de outra fonte, de qualquer forma é preciso investigar, agindo com toda honestidade.
Muito antes de 593 d.c já encontramos entre os primeiros cristãos a fé no estado de purgatório.
Tertuliano em meados do séc. II em sua obra “De an. 58” dá testemunho da fé primitiva na crença em que os justos que não morriam em estado total de perfeição, purgavam o restante de suas inclinações ao pecado, num estado intermediário entre o inferno e o céu, normalmente referido por sheol. (1).
Na virada dos entre os séc. II e III, Orígenes também testifica a doutrina do purgatório em sua obra Num. Hom. 15. O mesmo se dá em Clemente de Alexandria em Edsman 1-4. (ibidem).
No século III, Cipriano de Cartago reafirma a crença antiga no purgatório na sua Epístola 55,22. O mesmo o faz Ambrósio de Milão em In. Ps. 36,36. (ibidem)
Já no século IV é a vez de Gregório de Nissa em Or. De mort. e Cesário de Arles em Serm. 167 e 179. (ibidem).
Na virada do século IV para o V, Agostinho escreve amplamente sobre o tema em sua obras “O cuidado devido aos mortos” e “Cidade de Deus”.
O Papa Gregório que foi referenciado na pergunta, no séc V (e não em 593) em sua obra Dial 4,39 escreveu: "Desta afirmação (Mt 12,31), podemos deduzir que certas faltas podem ser perdoadas no século presente, ao passo que outras no século futuro".
Conforme já o demonstramos, a doutrina ensinada pelo Papa não é novidade de seu tempo, mas uma reiteração da perene doutrina do estado de purgatório, logo que SEMPRE FOI CRIDA pelos primeiros Cristãos.Somente a Verdadeira Fé pode ser demonstrada sem dificuldades pela Bíblia e encontrada no testemunho dos primeiros cristãos. Notem que nem foi preciso utilizar qualquer um dos sete livros deuterocanônicos que Lutero arrancou da Bíblia.

IMAGENS

CONTRADIÇÕES DO MUNDO PROTESTANTE SOBRE AS IMAGENS
Ainda que alguns protestantes se manifestem a favor do uso de imagens, é muito comum encontrarmos posições críticas a esse respeito. Na maioria das vezes, os protestantes apresentam algumas inconsistências dignas de serem observadas.
Antes de tudo é bom sempre lembrar que:
A própria Bíblia é uma imagem: as palavras impressas sobre o papel nada mais são do que símbolos gráficos que excitam os olhos resultando na imaginação responsável pela compreensão do texto. Em verdade, a Bíblia é a imagem da Palavra de Deus.
Imagem não é apenas escultura: muito pelo contrário, abrange também pinturas, gravuras, fotografias, desenhos, imagens em 3D e quaisquer outras formas que estimulem a visão. É, portanto, inconcebível que as mesmas igrejas que atacam as imagens sacras defendidas pelos católicos distribuam folhetos, Bíblias e estudos bíblicos ilustrados, quer para crianças, quer para adultos - pois senão também estarão afrontando o Mandamento divino de (Êxodo 20,4) , como dizem que os católicos afrontam...
Não sei se o caro leitor já teve a oportunidade de ver em alguns panfletos protestantes, ou até mesmos livros, algumas imagens que são utilizadas por eles. Abaixo, apresento algumas delas distribuídas pelos protestantes que costumam a acusar os católicos de idólatras:
1) Imagem do rosto de Cristo no folheto "Ele é a solução", produzido e distribuído pelos Adventistas do 7º Dia: qualquer semelhança com as imagens católicas de Cristo não é mera coincidência.
2) Imagem de Jesus e os discípulos em um barco no ?Livro Vida discipular? da Editora LifeWay.
3) Imagem de Jesus e as crianças na ?Bíblia Sagrada? da Sociedade Bíblica do Brasil, concordando, é claro, com as mesmas ilustrações utilizadas pela Igreja Católica.
4) Imagem desenhada representando a visita dos Reis Magos no "Caderno Bíblico nº 1/NT" da Sociedade Bíblica do Brasil: a cena se refere a (Mt 2,1-12), porém concorda com a tradição católica de 3 reis magos, já que esse número não é explicitamente citado pela Bíblia. Bom exemplo do uso de imagens para a catequese.
5) Marcador de livro distribuído por um candidato membro da Assembléia de Deus de Santos, durante as Eleições de 1998: a cena apresenta Moisés e os hebreus atravessando o Mar Vermelho. Outro ótimo exemplo do uso de imagens para fins catequéticos.
6) História em quadrinhos produzida pelo americano J.T.C. e distribuída por diversas igrejas protestantes: embora sua real intenção seja combater Maria Santíssima, acaba retratando-a de acordo com a tradição católica.
7) Imagem de Jesus Cristo no folheto "Quem realmente governa o mundo", produzido pela Sociedade Torre da Vigia e distribuído pelas Testemunhas de Jeová: Cristo representado com barba e cabelos longos concordam com as imagens católicas.
8) Estátua de um anjo sobre o templo Mórmon de Salt Lake City, segundo revista "Despertai", de 08/11/1995: exemplo de imagem em escultura no meio protestante.
Falta-nos ver, então o que diz as Escrituras Sagradas e finalmente, a posição oficial da Igreja sobre as imagens.
?Farás dois querubins de ouro; e os farás de ouro batido, nas duas extremidades da tampa, um de um lado e outro de outro, fixando-os de modo a formar uma só peça com as extremidades da tampa. Terão esses querubins suas asas estendidas para o alto, e protegerão com elas a tampa, sobre a qual terão a face inclinada. (Êxodo 25,18-20) obs: Não devemos esquecer que querubins são imagens de escultura.
Acima da porta, no interior e no exterior do templo, e por toda a parede em redor, por dentro e por fora, tudo estava coberto de figuras: querubins e palmas, uma palma entre dois querubins. Os querubins tinham duas faces: uma figura humana de um lado, voltada para a palmeira, e uma face de leão voltada para a palmeira, do outro lado, esculpidas em relevo em toda a volta do templo. Desde o piso até acima da porta, havia representações de querubins e palmeiras, assim como na parede do templo. (Ezequiel 41, 17-20) obs: aqui podemos ver até figura humana, face de leão, palmeiras etc. O templo de Deus, construído ricamente pelo rei Salomão, estava cheio de imagens de escultura e Deus se manifestou nesse templo e o encheu de sua glória.
?Fez no santuário dois querubins de pau de oliveira, que tinham dez côvados de altura. Cada uma das asas dos querubins tinha cinco côvados, o que fazia dez côvados da extremidade de uma asa à extremidade da outra. O segundo querubim tinha também dez côvados; os dois tinham a mesma forma e as mesmas dimensões. Um e outro tinham dez côvados de altura. Salomão pô-los no fundo do templo, no santuário. Tinham as asas estendidas, de sorte que uma asa do primeiro tocava uma das paredes e uma asa do segundo tocava a outra parede, enquanto as outras duas asas se encontravam no meio do santuário. Revestiu também de ouro os querubins. Mandou esculpir em relevo em todas as paredes da casa, ao redor, no santuário como no templo, querubins, palmas e flores abertas?. (1 Reis 6, 23-29)
Confira mais em: (Êxodo 25,22) ( 2 Crônicas 3, 10-14) (Ezequiel 41, 17-21) (2 Samuel 6,2) (1 Reis 7, 23-26) (Êxodo 26, 1-2)
Agora vamos a posição oficial da Igreja. Esta pode ser retirada do Catecismo da Igreja Católica.
476. Visto que o Verbo se fez carne assumindo uma verdadeira humanidade, o corpo de Cristo era delimitado. Em razão disto, o rosto humano de Jesus pode ser 'representado' (Gl 3,1). No VII Concílio Ecumêncio [=II Concílio de Nicéia] a Igreja reconheceu como legítimo que Ele seja representado em imagens sagradas.
1159. A imagem sacra, o ícone litúrgico, representa principalmente Cristo. Ela não pode representar o Deus invisível e incompreensível; é a encarnação do Filho de Deus que inaugurou uma nova 'economia' das imagens: "Antigamente Deus, que não tem nem corpo nem aparência, não podia em absoluto ser representado por uma imagem. Mas agora, que se mostrou na carne e viveu com os homens, posso fazer uma imagem daquilo que vi de Deus. (...) Com o rosto descoberto, contemplamos a glória do Senhor" (São João Damasceno, Imag. 1,16).
1160. A iconografia cristã transcreve pela imagem a mensagem evangélica que a Sagrada Escritura transmite pela palavra. Imagem e palavra iluminam-se mutuamente: "Para proferir sucintamente a nossa profissão de fé, conservamos todas as tradições da Igreja, escritas ou não escritas, que nos têm sido transmitidas sem alteração. Uma delas é a representação pictórica das imagens, que concorda com a pregação da história evangélica, crendo que, de verdade e não na aparência, o Verbo de Deus se fez homem, o que é também útil e proveitoso, pois as coisas que se iluminam mutuamente têm sem dúvida um significado recíproco" (II Concílio de Nicéia, DOC 111).
1161. Todos os sinais da celebração litúrgica são relativos a Cristo: são-no também as imagens sacras da santa mãe de Deus e dos santos. Significam o Cristo que é glorificado neles. Manifestam a nuvem de testemunhas' (Hebreus 12,1) que continuam a participar da salvação do mundo e às quais estamos unidos, sobretudo na celebração sacramental. Através dos seus ícones, revela-se à nossa fé o homem criado 'à imagem de Deus' e transfigurado 'à sua semelhança', assim como os anjos, também recapitulados por Cristo [...].
1162. "A beleza e a cor das imagens estimulam a minha oração. É uma festa para os meus olhos, tanto quanto o espetáculo do campo estimula meu coração a dar glória a Deus" (São João Damasceno, Imag. 1,27). A contemplação dos ícones santos, associada à meditação da Palavra de Deus e ao canto dos hinos litúrgicos, entra na harmonia dos sinais da celebração para que o mistério celebrado se grave na memória do coração e se exprima em seguida na vida nova dos fiéis.
2130. No entanto, desde o Antigo Testamento Deus ordenou ou permitiu a instituição de imagens que conduziriam simbolicamente à salvação através do Verbo encarnado, como são a serpente de bronze (Nm 21,4-9) (Sb 16,5-14) (Jo 3,14-15), a arca da aliança e os querubins (Ex 25,10-22) (1Rs 6,23-28) (7,23-26).
2131. Foi fundamentando-se no mistério do Verbo encarnado que o sétimo Concílio Ecumênico, em Nicéia (em 787), justificou, contra os iconoclastas, o culto dos ícones: os de Cristo, mas também os da Mãe de Deus, dos anjos e de todos os santos. Ao se encarnar, o Filho de Deus inaugurou uma nova economia de imagens.
2132. O culto cristão de imagens não é contrário ao primeiro mandamento que proíbe os ídolos. De fato, "a honra prestada a uma imagem se dirige ao modelo original" (São Basílio, Spir. 18,45), e "quem venera uma imagem, venera nela a pessoa que nela está pintada" (II Concílio de Nicéia, DS 601). A honra prestada às santas imagens é uma veneração respeitosa, e não uma adoração, que só compete a Deus: "O culto da religião não se dirige às imagens em si como realidades, mas as considera em seu aspecto próprio de imagens que nos conduzem ao Deus encarnado. Ora, o movimento que se dirige à imagem enquanto tal não termina nela, mas tende para a realidade da qual é imagem" (São Tomás de Aquino, S.Th. 2-2,81,3,ad 3).
2691. [...] A escolha de um lugar favorável não é sem importância para a verdade da oração: para oração pessoal, pode ser um 'recanto de oração', com as Sagradas Escrituras e imagens sagradas, para aí estar 'no segredo' diante do Pai. Numa família cristã, essa espécie de pequeno oratório favorece a oração em comum; [...]
2705. A meditação é sobre tudo uma procura. O espírito procura compreender o porquê e o como da vida cristã a fim de aderir e responder ao que o Senhor pede. Para tanto é indispensável uma atenção difícil de ser disciplinada. Geralmente, utiliza-se um livro, e os cristãos dispõem de muitos: as Sagradas Escrituras, o Evangelho especialmente, as imagens sagradas, os textos litúrgicos do dia ou do tempo, os escritos dos Padres espirituais, as obras de espiritualidade, o grande livro da criação e o da história, a página do 'Hoje' de Deus.

A missão do leigo

A Igreja de Cristo foi fundada sobre os apóstolos, no dia de Pentecostes, tendo a frente São Pedro, o Primeiro Papa. A Igreja, formada por homens, caracteriza-se na comunidade real, viva e visível, que é a Igreja local ou paroquial. Por isso não pode haver cristãos vagos, avulsos, desligados, sem compromisso com a comunidade. Não pode haver cristãos em cima do muro.Com os primeiros cristãos, igreja nascente, formaram-se as comunidades (Igrejas) de Jerusalém, de Antioquia, de Éfeso, de Corinto, etc. Foi em Antioquia que os seguidores de Cristo foram chamados pela primeira vez de cristãos, por viverem em comunidade, se amando em nome de Cristo (At 11,26). Cristo havia dito que a marca registrada dos cristão era a vida em comunidade (At 2, 42 – 47).A Crisma deve levar o cristão a um compromisso na comunidade paroquial, a começar pela escolha de um padrinho, que não deve ser trazido de longe, nem ser alguém que não trabalhe pela Igreja, mas uma pessoa engajada na comunidade local ou numa comunidade bem próxima, de modo que possa dar acompanhamento ao afilhado. É preciso que o crismando descubra a alegria de ser útil a sua comunidade como pedra viva na edificação da Igreja.5.9 – Meios para ser comunidadeAntes de qualquer coisa, a participação nos sacramentos: Batismo, Confissão, Eucaristia, Crisma, Matrimônio, Ordem e Unção dos Enfermos é importantíssima. Um cristão que não participa dos sacramentos é como uma pessoa que se definha tendo com que se alimentar e saciar. Dois sacramentos são de crescimento espiritual:  A confissão A Eucaristia.A leitura assídua da Palavra de Deus, dos Documentos da Igreja, a leitura de formação cristã e moral, freqüência assídua da missa, se possível até todos os dias, ou pelo menos nos feriados, dias Santos e aos domingos.Na oração, na recitação do Terço, encontramos os principais mistérios da nossa fé. O engajamento em alguma pastoral da paróquia também deve acontecer.O importante é colocar-se a serviço da comunidade paroquial, consultando o Pároco, que nos orientará para a pastoral que temos facilidade e capacidade para trabalhar.5.10 – Preparação de um altar para celebração da Santa missa01 – Altar: representa a mesa que Jesus e os Apóstolos usaram para celebrar a Ceia na Quinta-Feira Santa02 – Toalha: lembra a dignidade e o respeito que devem ao altar.03 – Sacrário: é onde ficam guardadas as âmbulas com Hóstias Consagradas.04 – Ostensório: é onde se coloca a Hóstia Consagrada para Adoração dos fiéis.05 – Lâmpada do Santíssimo Acesa: indica Jesus presente no sacrário vivo e real, como está no céu.06 – Círio Pascal: é uma vela grande, benzida na cerimônia da Vigília Pascal (Sábado Santo). Indica “Cristo Ressuscitado”, “Luz do Mundo”.07 – Carrilhão (sino): é acionado para maior atenção no momento mais solene da Missa, a Consagração.08 – Cálice: Nele se deposita o vinho que vai ser transformado em sangue de Jesus. È feito de metal prateado ou dourado.09 – Patena: é como um pratinho que vai sobre o cálice. Na patena é colocada a Hóstia Grande, do Celebrante.10 – Sanguíneo: é uma toalhinha comprida, serve para enxugar o cálice onde estava o Sangue de Jesus.11 – Pala: é uma peça quadrada, que serve para cobrir o cálice com o vinho.12 – Hóstias: as hóstias grandes e pequenas são feitas de trigo puro, sem fermento. A grande o padre consagra para si, é a maior para que todos possam ver.13 – Âmbula: é igual ao cálice, mas fechada com uma tampa justa. Nela colocam-se as hóstias dos fiéis que depois serão guardadas no sacrário.14 – Galhetas: são duas jarrinhas que contém água e vinho. O vinho é para a consagração. A água serve para misturar no vinho antes da consagração, lavar os dedos do celebrante e purificar o cálice e as âmbulas depois da comunhão.15 – Manustério: é para enxugar os dedos do celebrante no Ofertório.16 – Corporal: é uma toalha branca quadrada, que vai no centro no altar. Chama-se corporal porque sobre ela coloca-se a Hóstia consagrada que é o corpo do Senhor.17 – Missal: é o livro que o padre usa para ler as orações da Missa.18 – Crucifixo: colocado no centro do altar, para lembrar o sacrifício de Jesus.19 – Velas acesas: lembra Cristo luz do mundo. A Missa só tem sentido para quem tem fé.20 – Flores: as flores simbolizam beleza, amor e alegria.

Moral Fundamental

Moral = mos, mores (latim) = costume.Ética = éthos (grego) = costume imoral = o que é contrário à moral. Ex: a nudez do índio não é imoral, por causa do costume indígena, por causa da cultura.Moral cristã = costumes religiosos.Ética = costumes indicados pela razão humana ou valores descobertos pela razão humana.Ex: o aborto = objeção da consciência. É capitulado em lei, mas é contra a moral cristã. É legal, porém é imoral.Portanto, nem tudo o que é legal, é ÉTICO, é MORAL.Quando falamos de moral, de ética, falamos de valores.O que são valores? Valor é um conjunto de qualidades que determina o mérito e a importância de um ser referente ao binômio BEM e MAL. Por exemplo:Caráter, Honra, Fidelidade, Idoneidade.Ex: Se quero fazer um contrato, procuro uma pessoa honesta.Se quero casar, procuro uma pessoa que seja fiel, que tenha caráter.Se quero a verdade, procuro uma pessoa idônea, verdadeira.Nós nascemos com valores, com razão (somos seres racionais) independentes do credo, religião, porque todos nós nascemos com uma lei eterna que sempre diz "Faça o bem e evite o mal" - este é o princípio da ética.E nós sabemos quando agimos corretamente porque essa lei está dentro de cada um de nós na faculdade que se chama CONSCIÊNCIA.Resumindo:Deus nos criou Lei eterna RazãoCONCIÊNCIA Espaço de liberdadeNosso pensamento sóNós e Deus conhecem. CONCIÊNCIA MORALConsciência moral é a faculdade que me aponta se estou agindo bem ou mal.É a balança. A fonte dessa consciência moral é a opção fundamental que a pessoa faz. Ex: Nós CRISTÃOS - Seguir JESUS CRISTO.O que contribui para que a pessoa tenha consciência moral?A educação, a formação, o ambiente em que vive, a cultura, as más inclinações.Ex: favelado diferente de vocês.Falamos sobre valor. Será que os valores da ética humana são diferentes dos valores da moral Cristã?Não. Todo homem deve tender para o Bem, tenha ou não uma fé sobrenatural.Hoje no Brasil, no mundo inteiro, uma das principais distorções que existe em nossa sociedade é o nível baixíssimo de ÉTICO. O Brasil é o país do jeitinho, onde a maioria das pessoas quer levar vantagem, no entanto, somos chamados do "maior país católico do mundo". Onde está o nosso amor pelo irmão? O que fizemos com o exemplo, com os ensinamentos de Cristo?Resumindo:A lei moral nasce a partir das fontes nas quais se inspira (o ambiente em que vivemos, etc...)A lei moral natural já está no coração das pessoas , lei eterna "Faça o bem e evite o mal".Depois de falar de moral, de valores, vamos falar de DEUS, a razão de toda nossa vida, nossa existência, porque fomos criados por Ele, e se estamos vivos é por Ele.Em primeiro lugar existe o fato incontestável da existência de Deus e de que Deus é o único Criador.Ex: Santo Tomás de Aquino, cientistas.Em segundo lugar entender como é Deus. Qual é o nosso conceito de Deus.Deus é Fiel, Misericordioso, Bondade, Não é carrasco.Deus é amor, nos ama infinitamente, sem cobranças, o que já não acontece conosco. O nosso amor é egoísta. O amor de Deus é infinito.Como entender a misericórdia de Deus?Liberdade para decidirmos nossa vida, para aceitá-lo ou não, para crermos Nele em sua doutrina ou não. Temos liberdade para optar e essa opção fundamental é que faz a diferença em nossa vida.Se nossa opção é seguir a Deus então nós temos que levar a sério, porque não existe meio termo para nada. Ou você é ou não é. Esse é o princípio da filosofia. Ou eu quero ou não quero. Acredito ou não.Deus nos criou porque nos ama e quando a gente ama quer ver o outro feliz e Deus fez tudo para nossa felicidade. Nos deu tudo e só pediu o nosso amor e nós dissemos NÃO à Ele e o homem continua através dos tempos a dizer não a Deus.Vamos relembrar a história de Adão e Eva. Agora então nós vamos falar sobre pecado.
O que é o pecado então?É dizer NÃO a Deus, é desobedecê-lo, é querer se igualar a Ele, toda vez que estamos contra a moral, a ética estamos pecando, toda vez que nos omitimos.Como saber se estou desobedecendo a Deus?Deus querendo facilitar tudo para nós, nos deixou algumas regras, sinais para seguirmos. As regras, as leis existem para facilitar a nossa vida.Quais são essas leis? Os Dez Mandamentos As leis que Deus nos deixou para sabermos se estamos seguindo a Sua vontade e desta forma estamos obedecendo-O, são os DEZ MANDAMENTOS.Quais são os Dez mandamentos?1°) AMAR A DEUS SOBRE TODAS AS COISAS 2°) NÃO TOMAR SEU SANTO NOME EM VÃO3°) GUARDAR DOMINGOS E FESTAS DE GUARDA4°) HONRAR PAI E MÃE5°) NÃO MATAR6°) NÃO PECAR CONTRA A CASTIDADE 7°) NÃO ROUBAR8°) NÃO LEVANTAR FALSO TESTEMUNHO 9°) NÃO DESEJAR A MULHER DO PRÓXIMOl0°) NÃO COBIÇAR AS COISAS ALHEIASVamos falar de cada um deles.1 - Amar a Deus sobre todas as coisas.Amar a Deus no próximo, através do nosso irmão. Temos que nos assemelharmos à Ele, e para isso nos temos que; Amar a todos A todos perdoar. A todos servir. E a ninguém excluir.Santo Agostinho definia que o nosso amor por Deus é assim: "Um conflito entre dois amores: o amor de Deus impelido até o desprezo do amor de si." ou "o amor de si impelido até o desprezo do amor de Deus". Quando fomos batizados nós nos tornamos cristãos. Isso quer dizer que nós não somos apenas amigos de Cristo, mas que estamos inseridos (fazemos parte) no seu projeto de salvação, de restauração.Jesus Cristo veio para restaurar a vida das pessoas, da igreja. Ex: nas Bodas de Caná Ele transformou a água em vinho, deu vida ao filho da viúva de Naim, fez os cegos enxergarem, os surdos ouvirem, os coxos andarem, etc... Nós temos que a exemplo de Jesus Cristo restaurar a vida da sociedade.E eu restauro a sociedade quando eu ajo com a consciência moral cristã, testemunho Jesus Cristo onde quer que eu esteja, quando luto contra os preconceitos racial, de cor, nível social."Deus só pede o nosso amor" - Leia Mt 22, 34-402 - Não tomar seu santo nome em vão.Proíbe todo uso impróprio do nome de Deus.  Respeito - conseqüência do amor  Jurar usando o nome de Deus3 - Guardar domingos e festas de guarda.Assistir e participar das missas - um único dia para adorar e louvar a Deus.4 - Honrar Pai e Mãe Respeito aos pais Obediência Diálogo Na primeira parte da vida nós nos perguntamos qual o sentido daquilo que a gente fez, o que a gente é. Na segunda parte da vida nos temos a sabedoria. Na primeira parte nos devemos nos orientar pelos mais velhos porque eles têm a sabedoria e a experiência.5 - Não matarSó Deus tem o direito de tirar a vida Aborto  Eutanásia Suicídio Homicídio6 - Não pecar contra a castidade Integração correta da sexualidade na pessoa Namoro Se manter puro (corpo e alma) Relacionamento superficial dos jovensPensamento: Sempre que uma pessoa procura um prazer a curto prazo, vai ter um sofrimento a longo prazo.7 - Não roubar Apropriar-se do que não é seu Roubar a paz8 - Não levantar falso testemunho Matar com a língua. Desmoralizar Ter misericórdia com o próximoQuando falar, falar com a pessoa certa, pedir a orientação do Espírito Santo. Jesus disse: Não é o que entra pela boca que causa mal e sim o que sai da boca.9 - Não desejar a mulher do próximo Respeito ao compromisso assumido pelos outros Matrimônio A importância da família10 - Não cobiçar as coisas alheias Sermão da Montanha - Mt. 5, 1 – 12"O SER tem que estar acima do TER"Quando Jesus morreu na cruz Ele realizou a salvação. Na hora de sua morte, o sacrifício de Cristo se torna a fonte de onde brotará o perdão dos pecados portanto, para todo pecado existe perdão, apenas um único é imperdoável: é você morrer sem acreditar em Deus, é o pecado contra o Espírito Santo, é o pecado da pessoa que não aceita o amor de Deus e o seu perdão.Existe pecado maior e menor?O pecado maior é o pecado mortal ou grave.O pecado menor é o pecado venial ou leve.Para haver pecado é necessário: Matéria grave Consciência plena Consentimento pleno Também pecamos por omissão. . . Deus é amor, misericórdia. Temos a certeza do amor de Deus. PARÁBOLA DO FILHO PRÓDIGO - Lc. 15, 11 - 324.2 - FéA fé cristã consiste em aceitar, acolher a pessoa de Jesus e viver segundo a sua mensagem. Aceitar que Deus existe não significa ter fé.Fé é adesão pessoal da pessoa a Deus; é aceitar Jesus tal como ele se manifestou, isto é, como o Messias, Salvador e Senhor; é acolher e viver sua mensagem religiosa. Pela fé a pessoa dá assentimento a Deus, submete a ele sua inteligência e vontade. O ato de crer é dom de Deus, fruto da ação da graça no coração humano. Quem move o coração para acolher a fé é o Espírito Santo.A certeza interior na mensagem de Jesus e em suas promessas determina um modo de viver na perspectiva da vida eterna. A Carta aos Hebreus declara: A fé é uma posse antecipada do que se espera, meio de demonstrar as realidades que não se vêem ("A fé é um modo de já possuir aquilo que se espera, é um meio de conhecer realidades que não se vêem." Hb 11,1).A fé é uma tomada de posição. Uma opção definitiva, não existe meio termo. Não pode ser fruto de puro sentimentalismo, que vai e vem conforme as circunstâncias. Na fé entra a razão e o coração. Hoje precisamos crer com clareza de doutrina.A fé torna-se, portanto, um desafio, pois imprime no cristão novas atitudes, novas categorias de pensamento, de comportamento, de sentimento, fazendo o homem a escolher Deus.Para alimentar nossa fé nos temos: a oração, a comunhão, a leitura e o estudo da Bíblia.A Bíblia contém a revelação que Deus fez de si mesmo aos homens. Se uma pessoa quer conhecer a Deus, deve meditá-la diariamente, e encontrará a Deus na sua palavra. A fé e a vida espiritual não sobrevivem por si mesmas: precisam ser alimentadas com a Palavra e com a oração.A felicidade perene, tão desejada pelo homem, não existe fora de Deus, pois só em Deus ela pode ser eterna; portanto, para alcançar a felicidade verdadeira, são necessárias duas condições: conhecer a vontade de Deus (já manifestada) e colocá-la em prática.Assim como o corpo necessita de alimento diário, a vida espiritual do cristão, precisa de ser alimentada pela Palavra de Deus e pela Eucaristia. Quem quiser crescer na vivência cristã precisa tomar a Palavra de Deus e a Eucaristia como alimento diário.Exemplos de Fé:Maria de Nazaré é o nosso maior exemplo de fé. Jovem mulher foi escolhida para ser a Mãe do Messias, prometido e anunciado pelos profetas de Israel. Leia as passagens Bíblicas:(Gn 3, 14 - 15 – Is 7, 13 - 15 – Sf 3, 14 – 17)O homem novo nasce pela fé em Jesus Cristo. Jesus falou em renascer da água e do Espírito, isto é, ser batizado e receber o dom do Espírito Santo. A fé em Jesus gera o homem novo. O batismo é seu nascimento para o Reino de Deus.Maria é a primeira mulher nova, o protótipo do cristão, pois foi a primeira a crer. Para ela, que fez para Jesus todos os trabalhos que a mãe faz em favor do filho, aceitar que ele não era simples homem, mas Filho de Deus, não foi fácil. Talvez tenha custado mais para ela do que para nos crer que seu filho era Deus, pois, antes de presenciar seus milagres e sinais, viu, durante anos, sua limitação humana, que o fazia semelhante a toda criança ou jovem do seu tempo.Caminhando com ele, ouvindo suas pregações, teve oportunidade de acolher mais profundamente o Reino de Deus que nele se manifestava. Com os demais discípulos acolheu o Reino e cresceu na fé e no amor. Pelo amor foi fiel em sua missão de mãe, mesmo envolta em dor ao ver seu filho pregado na cruz.Maria, a grande vocacionada do Pai, foi fiel ao Espírito Santo, trazendo ao mundo o Salvador.O Sim vivido que muda a história da humanidade.Outros exemplos de fé na história: Abraão Moisés. 4.3 - OraçãoOração é a comunicação com Deus. A pessoa expressa a ele o que quer dizer e tenta perceber qual a vontade dele a seu respeito.Deus é o Criador, nós somos a criatura.A relação da criatura com o Criador é o núcleo central da religião. Está ligado aos demais relacionamentos humanos: troca de informações e sentimentos com as pessoas, agressão ou respeito à natureza. O tipo de relacionamento do homem com a natureza e com as demais pessoas mostra a posição que ele toma diante de Deus.Oração é o resultado de nossa busca de Deus e de nosso esforço: são as atitudes e as ações que tomamos ou fazemos em vista da relação de amor com ele.Oração é a tentativa de diálogo amoroso da criatura com o Criador. Esta relação supõe esforço de comunicação e atenção para perceber os sinais e palavras de Deus, que chegam ao homem, quase sempre, de forma indireta.Pelo fato de sermos limitados e Deus infinito, o nosso relacionamento com Deus nos coloca em dependência amorosa, como filho em relação ao pai. Quando alguém se julga independente de Deus, restam-lhe poucas oportunidades de estabelecer relações com Deus. .Nós fomos criados por amor, para amar e ser amado pelos demais e por Deus.Acolher pessoas e acontecimentos é atitude de amor. Rejeitar é atitude de desamor e de egoísmo.Jesus nos revelou que o Pai ama incondicionalmente seus filhos e quer a felicidade de cada um deles. As posições que Jesus tomou perante o Pai e o relacionamento que teve com ele devem servir de modelo para nós. Ele se relacionava com o Pai como se estivesse próximo, presente ao seu lado (Lc 10, 21; Jo 17, 1 - 26). Portanto, antes de tentar relacionamento mais profundo com Deus, é preciso tomar consciência da imagem que temos dele. É importante que passemos da imagem que temos dele para aquela que Jesus nos mostrou, que nos é transmitida pelos evangelhos: o Pai é cheio de amor, quer o bem para seus filhos, cuida de cada um de nós, de modo especial daqueles que o amam. Para fazer-nos crescer ele usa a pedagogia do amor e do sofrimento (parábola do agricultor que poda a videira para que produza mais frutos).Para alcançar bom relacionamento com Deus são necessárias algumas atitudes: Reconhecer a soberania de Deus sobre o mundo e sobre nossa pessoa e vida; Deus é nosso Criador e Senhor, nosso dono. Manter atitude de humilde dependência em relação a ele; o egoísmo leva a pessoa a considerar-se outro deus, senhor de si. Dar oportunidade para que ele se manifeste em nossa vida: se vivermos sempre ocupados, sem dispor de algum tempo só para Deus, ele não terá espaço para se manifestar; o cultivo do amor exige disponibilidade de tempo. Desejar ardentemente viver na presença de Deus e ser envolvido por seuamor.A maior dificuldade no relacionamento com Deus é o pecado, a vida fora do seu mandamento, a vida sem fé. Quem vive longe de Deus não pode relacionar-se com ele. Esse obstáculo pode ser removido pela busca do perdão.Dificulta a relação com Deus o fato de colocarmos nossa confiança fora dele, em nossas próprias capacidades; em práticas mágicas, em sorte, em superstições, em várias formas de espiritismo, que atribuem poderes a objetos que não os tem, em falsas religiões, etc. Tudo isso afasta a pessoa de Deus e torna difícil o relacionamento com ele. É preciso recordar que o único Salvador e Senhor é Jesus Cristo.Em nossa vida, em nosso agir devemos tomar o seguinte princípio: Fazer nossas atividades com tal empenho, como se tudo dependesse de nós e confiar em Deus como se tudo dependesse dele.
Oração na Vida de Jesus:Jesus foi homem de oração. Sua novidade religiosa consiste na relação pessoal com Deus, mediante a oração, e em atitudes coerentes com os demais homens, tendo por base a relação da pessoa com Deus: amor a Deus e amor aos homens. Ele foi homem de oração e a intensificou nos momentos importantes de sua vida: Antes de começar o anúncio do Reino, quarenta dias no deserto (Lc 4, 1 - 2) Antes de escolher os doze, uma noite em oração (Lc 6, 12)  Quando vivia momento muito importante com seus discípulos (Jo 17) Antes de enfrentar a paixão, no jardim das oliveiras (Lc 22, 31 - 46)Instruções Básicas sobre a Oração:Além do exemplo pessoal de Jesus, encontramos ensinamentos sobre a oração: orar só, em encontro pessoal com Deus (Mt 6, 5 - 6) ter profunda confiança (Mt 7, 7 - 11) louvar a Deus e pedir por nossas necessidades (Mt 6, 7 - 13) orar com insistência (Lc 11, 5 - 24) pedir com convicção a fortaleza e a fidelidade a Deus (Mt 26, 40) invocar o Pai em nome de Jesus ( Jo 16, 23b - 28)Invocar o nome de Jesus significa expressar nossa fé nele, que provém de Deus. A fé e o amor por Jesus abre nosso ser a Deus, que em seu Filho Jesus, nos vê como filhos e por causa dele nos acolhe, provendo as exigências da nossa fé.Devemos aprender e reaprender a orar m Nome de Jesus, isto é, crescer no seu conhecimento e graça.A oração garante o atendimento dos nossos pedidos e então a nossa alegria será completa porque será a alegria que nasce da fé, a alegria de Deus que em nós realiza a sua vontade.5.0 – A IGREJAJesus Cristo instituiu a Igreja, portanto a Igreja não é uma invenção dos homens, mas uma instituição divina, para que Sua mensagem da salvação fosse transmitida para todo o seu povo, em todos os tempos.A Igreja é Apostólica, porque vem dos apóstolos, a quem Cristo preparou e enviou ao Mundo para ensinar a todos, receber o Batismo e ser fiel a Ela.A Igreja é Una, em Cristo e no seu representante, o Papa.A Igreja é um povo Universal porque nasce de Deus, pela fé em Jesus Cristo e quer a salvação de todos.A Igreja é a família dos Filhos de Deus.A Igreja é o Povo de Deus, formado pelos homens, Filhos de Deus pelo Batismo através do qual assumimos o compromisso de transformar a sociedade: "Vós sois o sal da terra e a luz do mundo" (Mt 5, 13-14). Daí a definição: Igreja somos nós, comunidade reunida em nome de Jesus, em nome do Amor.A Igreja é a comunidade, não é só do padre, não é só do povo, mas sim, de todos nós cristãos, marcados pelo sinal da Cruz.Através de cada um de nós o "Cristo, ontem, hoje e sempre" será cada vez mais o Cristo: "tudo em todos".Então Igreja é: Uma comunidade; edificada pelo Espírito Santo; convocada pela Palavra de Deus unida pela Eucaristia e pelos demais sacramentos; - valorizando os carismas e ministérios, especialmente o do bispo e do padre, para garantir a ligação com a Igreja Apostólica e Missionária
Algumas exigências são feitas para aqueles que fazem parte da Igreja: a conversão de vida; o Batismo, que integra na família de Deus; a missão, que tem por objetivo formar comunidades cristãs; a abertura aos pobres, destinatários principais do Evangelho; a ligação da fé com a vida, pelo testemunho da solidariedade, (sujeitos da evangelização); a comunhão com os demais membros da comunidade, para enriquecer as pessoas e abri-las às outras, evitando os extremos do individualismo e da massificação.5.1 - Evangelizar: Missão da Igreja Cristo, Evangelizador do Pai, escolheu DOZE e enviou-os a pregar. A eles associou discípulos. Cristo Ressuscitado confirma e amplia esse mandato: "Ide por todo o mundo e prclamai o Evangelho a toda a criatura" (Mc 16, 15).A prática evangelizadora de Jesus continua na Igreja. A atual sociedade brasileira exige a necessidade de incentivar a consciência missionária da Igreja.5.2 - Caminhos da missão de Jesus evangelizador à Igreja evangelizadora Jesus é o próprio evangelho. Jesus é a referência e modelo para a missão evangelizadora da Igreja. Há uma ligação profunda entre Jesus, a Igreja e o Evangelizador. A Igreja para evangelizar deve-se evangelizar. O Evangelizador: precisa ouvir o que deve acreditar; deve converter-se e renovar-se continuamente; deve praticar a comunhão fraterna e o serviço (At 2, 42).
A igreja evangelizadora é enviada a evangelizar. A evangelização é dever fundamental do povo de Deus. A evangelização deve ser proclamação clara: de Jesus Cristo; Filho de Deus, feito homem; morto e ressuscitado; salvação de todos os homens.Análise da realidade da Igreja hoje:Julgar: De acordo com a Palavra de Deus e dignidade do homem.Agir: Pastoralmente (em relação à pessoa). Dimensão social e política da fé. Opção preferencial pelos pobres. Comunidade Eclesiais de base, CEBS e religiosidade popular. Defesa e promoção da dignidade humana, especialmente do pobre e da mulher. Condenação do capitalismo liberal, do marxismo coletivista e da ideologia da segurança nacional. Comunhão e participação.Reflita sobre esta frase da sábia Madre Teresa de Calcutá:"Talvez você seja o único Evangelho vivo que seu irmão possa ler." Objetivo geral da ação pastoral da Igreja no Brasil:Evangelizar com renovado ardor missionário, testemunhando Jesus Cristo, em comunhão fraterna, à luz da evangélica opção preferencial pelos pobres, para formar o povo de Deus e participar da construção de uma sociedade justa e solidária, a serviço da vida e da esperança nas diferentes culturas, a caminho do reino definitivo.

SACRAMENTOS

Plano de DeusDeus nos criou para a felicidade e por isso fez um plano. Nós pelo pecado, entortamos as linhas mestras do plano do amor. Assim Deus mandou seu próprio Filho que se fez um dos nossos, morreu por nós, ressuscitou para nos garantir a continuidade do plano.Só Jesus Cristo, Deus homem, poderia ser tão original ao inventar tais encontros, que fossem sinais certos de sua presença amiga durante toda a nossa vida. Esses encontros são meios que Jesus formulou para conhecermos os sacramentos.Deus mesmo fala por sinais, todas as criaturas são “os rastros” da passagem dele. Quando quis se tornar presente neste mundo para reconstruir seu plano, tornou-se um sinal. Fez-se visível, palpável, eminência da carne, através da encarnação tornando-se pois um sacramento. Voltando para o Pai, Cristo deixa-se continuar aqui através de um sinal: A Igreja.
3.2 - Os Sacramentos são sinais.Adefinição exata de Sacramento é: "Um sinal visível e eficaz da graça, instituído por Jesus Cristo, para nossa santificação".Jesus escolheu sinais que faziam parte da vida do povo hebreu, pois naquele tempo quem se dispunha a mudar de vida se submetia a um banho de purificação e chamou a essa presença do Amor de Deus que age em nós: Espírito Santo.Os sacramentos são expressões de fé, de união da graça e da benção de Deus que nos leva a comprometer cada vez mais com nossos irmãos, nos faz crescer na capacidade de servir e transformar a sociedade; por isso Deus nos criou para sermos felizes, nos deu inteligência e liberdade mas em troca pediu o nosso amor e nossa fidelidade.Jesus Cristo é o grande sacramento do amor para com os homens: sinal visível e eficaz. Visível porque fez-se homem como nós, vivendo numa região definida e em tempo conhecido, presente em nossa história e eficaz porque quem crer em Jesus Cristo tem a garantia da salvação. 1º Um sinal sensívelPodemos dividir em três partes 2º Instituído por Jesus Cristo 3º Graça1º Um sinal sensível: Constitui a parte material do Sacramento. Nos sinais que constituem a parte material de um sacramento, temos dois elementos: O primeiro denominamos matéria = água do batismo. O segundo elemento chama-se forma. São palavras ou gestos que dão significado ao ato.2º Instituído por Jesus Cristo: O poder humano não pode ligar a graça interior a um sinal externo. Isso é algo que somente Deus pode fazer, e que nos leva a segunda definição de Sacramento: "Instituído por Jesus Cristo". A Igreja não pode criar novos Sacramentos, e não pode haver nunca nem mais e nem menos que sete, os sete que Jesus nos deu: Batismo, Eucaristia, Confirmação, Penitência, Ordem, Matrimônio e Unção dos Enfermos.3º Graça: Voltando a nossa atenção para o terceiro dos elementos, vimos que seu fim é dar a Graça Santificante. Graça é Deus conosco e nós em Deus. É sintonia em Deus e o homem. É estreita união.Mas para recebermos a graça que os Sacramentos transmitem, é necessário que tenhamos disposições interiores. A quantidade de Graça recebida depende de nós, não depende de quem administra.Por esse motivo procuremos aprender a liturgia sacramental que é rica em gestos tornando presente a grande realidade que é Cristo, sendo que ele próprio se doa a nós como prova de amor infinito em todos os sete sacramentos.Como o homem por seus esforços jamais poderia chegar a Deus, então Deus toma a iniciativa e chega até o homem através do sacramento.Os sete Sacramentos nos acompanham em toda a nossa vida espiritual.Ordem Natural Ordem SobrenaturalNascer  BatismoCrescer  ConfirmaçãoAlimento  EucaristiaRemédio  PenitênciaComunidade  OrdemMatrimônio  MatrimônioMorte  Unção dos Enfermos
3.3 – Sacramento do BatismoDeus ao criar o homem, além da vida natural, concedeu-lhe uma vida sobrenatural. A graça sobrenatural ia ser a herança que todos os homens transmitiriam a sua posteridade. Mas o homem rechaçou a Deus cometendo o primeiro pecado, perdendo assim a Graça Santificante e a união com Deus. O próprio Deus, na pessoa de Jesus Cristo, ofereceu a reparação infinita pela ingratidão do homem. Jesus iluminou o abismo que havia entre a divindade e a humanidade.Para restaurar na alma a graça perdida, Jesus instituiu o Sacramento do Batismo. Através do Batismo a alma passa a participar da própria vida de Deus e a essa participação chamamos Graça Santificante.É o Sacramento da iniciação cristã, pois nos liberta do pecado original, nos faz sermos acolhidos pelo Pai e nos apresenta na Igreja a qual incorporamos e nos tornamos templos vivos da Santíssima Trindade: “Aquele que permanece em mim e eu nele, este dá muitos frutos, porque sem mim nada podeis fazer”.O Batismo é como uma semente que se planta, mas que ao longo dos tempos, deve ser cultivada para que cresça e produza frutos; caso contrário de nada adianta. Assim se não for cultivada no dia-a-dia, na oração, na fé, na participação e na vivência de Deus, será uma semente que não germinará.Como sacramento ele significa a vida nova que o cristão recebe, sendo apresentado na Bíblia através das figuras do Dilúvio (Gn 7 ) e a Passagem do Mar Vermelho (Ex 14, 15-31). Antes de Cristo, este sacramento era administrado por João Batista que pregava a conversão para a vinda do Salvador, por isso ele dizia: “Eu batizo com água, mas aquele que virá depois de mim vos batizará no Espírito Santo”.A palavra Batismo vem do grego Baptizium que quer dizer: Imergir em Água.Todo cristão deve permanecer fiel às promessas do Batismo, principalmente àquela de nunca perder a Vida Divina pelo Pecado Mortal, deve ser o “ sal da terra e luz do mundo” e sendo assim, elevado a dignidade de filho de Deus.A partir do dia de Pentecostes, a Igreja celebrou e administrou o Batismo: “Arrependei-vos e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para a remissão dos vossos pecados. Então, recebereis o dom do Espírito Santo” (At 2, 38)Os batizados se vestem de Cristo.O batismo é um banho que purifica, santifica e justifica. Ele é um banho de água no qual a Palavra de Deus produz seu efeito de vida.O batismo nos abre as portas da Igreja.Faz de nós participantes da assembléia congregada na fé, que é a Igreja, o novo povo de Deus, o povo da nova e eterna Aliança.Pelo batismo somos incorporados na Igreja, o Corpo de Cristo. Feito membro da Igreja o batizado não pertence mais a si mesmo (I Cor 6,19), mas àquele que morreu e ressuscitou por nós.Na comunhão da Igreja, o batizado é chamado a ser sinal e instrumento do Reino de Deus, a viver fraterna solidariedade e a praticar a justiça. O batizado assume um compromisso de viver e testemunhar, como membro de Cristo, a sua fé até as últimas conseqüências, de forma coerente e fiel. Efeitos do Batismo. 1º) Paga a dívida que o homem tem com Deus ao nascer. Dívida essa contraída pelos nossos primeiros pais, através da desobediência para com Deus. 2º) O Batismo nos torna filhos de Deus, irmãos de Jesus Cristo e templos do Espírito Santo. Nós nos tornamos habitação da Santíssima Trindade."Viremos a ele e nele faremos nossa morada". Jo14, 23. 3º) Infunde em nós as três virtudes teologais: Fé, esperança e caridade. Essas virtudes são infundidas em nós em forma de semente. Compete a nós, através da frequência aos Sacramentos, orações, leitura da Bíblia e boas obras, fazer com que essa semente germine, cresça e dê bons frutos. 4º) Nos faz herdeiros de Deus. Se somos filhos de Deus também somos herdeiros. E a nossa herança é o céu.5º) É o princípio. É a porta de entrada para os outros Sacramentos. Sem o batismo não podemos receber nenhum outro Sacramento.6º) Nos faz cristãos. Quer dizer, somos de Cristo. Aqui está nossa vocação cristã, tornamo-nos seguidores de Cristo. Parecidos com Cristo, pelas nossas obras, pela nossa conduta.7º) Introduz à Igreja. O Batismo nos incorpora à Igreja, nos faz ser Igreja. Faz de nós membros vivos e comprometidos com a Igreja. A Igreja somos nós.8º) Imprime caráter de Cristão. Se depois de batizados pecamos mortalmente, cortamos a nossa união com Deus e o fluxo da sua graça; perdemos a graça santificante, mas não o caráter batismal, que transformou a nossa alma para sempre.3.4 - Reconciliação - Penitência - ConfissãoChama-se sacramento da Conversão, pois realiza-se sacramentalmente o convite de Jesus para o caminho de volta ao Pai, do qual a pessoa se afastou pelo pecado. Chama-se sacramento da Penitência porque consagra um esforço pessoal e eclesial de arrependimento e de satisfação do cristão pecador. Chama-se sacramento da Confissão porque à declaração dos pecados diante do sacerdote Deus concede o perdão e a paz.É também chamado de sacramento da Reconciliação porque dá ao pecador o amor de Deus que reconcilia: "Reconciliai-vos com Deus" (2Cor 5,20).Quem vive do amor misericordioso de Deus, está pronto a responder ao apelo do Senhor: "Vai primeiro reconciliar-te com teu irmão" (Mt 5,24).É no sacramento do perdão que Deus reconhece nossas falhas, nossa limitação, mas reconhece também nossa boa vontade. Jesus disse: "Eu detesto o pecado mas amo o pecador".
O próprio Cristo no dia da Ressurreição (Domingo de Páscoa) conferiu aos apóstolos o poder de perdoar os pecados: "Recebei o Espírito Santo, aqueles a quem perdoardes os pecados ser-lhes-ão perdoados; e aqueles aos quais não perdoardes ser-lhes-ão retidos" (Jo 20, 21-23).
Devemos contar todos os nossos pecados ao padre para receber o perdão, pois com isso nos restitui a vida na graça e nos dá novo vigor para não mais pecar.
Requisitos para receber uma boa confissão1º Exame de Consciência: Rezar e pensar nos pecados cometidos.2º Contrição ou arrependimento: Tristeza dos nossos erros e de nossa falta de amor a Deus.3º Propósito: Evitar o pecado e servir a Deus com mais amor. 4º Confissão: Acusação clara e objetiva dos pecados ou falhas cometidas. 5º Penitência: Nos é dada pelo sacerdote para demonstrarmos nosso arrependimento e a firmeza de nosso propósito de não mais pecar e de reparar as falhas cometidas.Sem o perdão de Jesus vivemos como filhos pródigos (Lc 15, 11-24). Na parábola do filho pródigo encontramos todos estes requisitos: fazer o exame de consciência, admitir o erro, ter o propósito de voltar para o Pai, confessar e adimitir-se pecador diante do Pai e proferir a sua penitência. "Não sou mais digno de ser chamado seu filho".Santa Terezinha do Menino Jesus dizia: "Os nosso pecados por mais feios e numerosos que sejam, desaparecem diante da bondade de Deus, como uma gotinha de água no oceano imenso." O Pai do céu nos ama tanto que nos quer sempre perto dele.3.5 – Sacramento da Eucaristia.Eucaristia é o sacramento que contém, sob as espécies do pão e do vinho verdadeiro, real e substancialmente presente o Corpo, o Sangue, a Alma e a Divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo, para alimento de nossas almas.É o sacramento do amor; é a hóstia pura, hóstia santa, a hóstia imaculada; é o Santíssimo Sacramento, a Santa Comunhão.Jesus disse: Eu sou o pão vivo que desceu do céu. Quem comer desse pão viverá eternamente. E o pão que hei de dar é a minha carne para a salvação do mundo.Figuras da Eucarístía no Antigo e no Novo TestamentoCeia Pascal: A pedido de Deus, o povo de Israel deveria repetir a cada ano como lembrança ou memorial da libertação do jugo dos egípcios. (Lev 23, 4 - 14)O Maná: Deus alimentou o povo hebreu durante 40 anos no deserto com o maná. (Ex 16, 4 - 36)As duas multiplicações dos pães: (Mt 14, 13 - 21 e Mt 15, 29 – 39)Promessa da Eucarístia por Jesus Cristo: (Jo 6, 35 – 51)Foi na Quinta-Feira Santa que Jesus instituiu o sacramento da Eucaristia. As palavras de Jesus foram: “Isto é o meu Corpo” e “Isto é o meu Sangue”, o pão e o vinho se convertem no Corpo e no Sangue de Cristo.Em cada Missa, pelo poder dado por Cristo a todo sacerdote, torna-se presente o sacrifício de Cristo.A Eucaristia dentre os sacramentos é chamada de Santíssimo Sacramento; por isso, a Igreja nos aconselha a adorarmos, agradecermos e louvarmos a Jesus presente na Santíssima Eucaristia.Na Missa: especialmente na hora da Consagração e na hora da Comunhão;Na Adoração ao Santíssimo Sacramento: nas horas santas, nas procissões do Corpo de Deus, acompanhado com toda adoração e reverência.Para recebermos com adoração a Eucaristia devemos estar em estado de graça (sem pecado mortal), estar em paz e harmonia com todos, ter fé (crer na presença real de Jesus Cristo na Eucaristia e viver como tal), guardar o jejum eucarístico (uma hora sem comer e nem beber antes da comunhão – nem chicletes, balas etc. Somente água), comungar com respeito e devoção.Todo sacramento produz efeitos em nós. A Eucaristia aumenta em nós a graça santificante, pois nela encontramos e recebemos o próprio autor da graça: Jesus Cristo.Ao tratar sobre a Eucaristia, é indispensável falar na santa Missa, pois é no sacrifício eucarístico que a Eucaristia se realiza, especialmente na consagração do pão e do vinho.A Missa é uma oração, a melhor das orações; a rainha, como dizia São Francisco de Sales. Nela reza Jesus Cristo, homem-Deus. Nós temos apenas de associar-nos. “O que pedirdes ao Pai em meu nome Ele vo-lo dará”, disse Jesus (Jo 16,23).São João Crisóstomo disse: durante a Missa nossas orações apoiam-se sobre a oração de Jesus Cristo. Nossas orações são mais facilmente atendidas, eficazes, porque Jesus Cristo as oferece ao seu eterno Pai em união com a sua.Os anjos presentes oram por nós e oferecem nossa oração a Deus.É o presente mais agradável que podemos oferecer à Santíssima Trindade.Cada Missa eleva nosso lugar no céu e aumenta nossa felicidade eterna.Cada vez que olhamos cheios de fé para a Santa Hóstia, ganhamos uma recompensa especial no céu.3.6 – MissaA Missa é a maior, a mais completa e a mais poderosa oração da qual dispõe o católico.Entretanto, se não conhecemos o seu valor e significado e repetimos as orações de maneira mecânica, não usufruiremos os imensos benefícios que a missa traz.Reflitamos um pouco mais sobre a forma de como cada um participa da Missa lendo a seguinte história: Numa certa cidade, uma bela catedral estava sendo construída. Ela era inteiramente feita de pedras, e centenas de operários moviam-se por todos os lados para levantá-la. Um dia, um visitante ilustre passou para visitar a grande construção. O visitante observou como aqueles trabalhadores passavam, um após o outro, carregando pesadas pedras, e resolveu entrevistar três deles. A pergunta foi a mesma para todos. O que você está fazendo?- Carregando pedras, disse o primeiro. - Defendendo meu pão, respondeu o segundo. Mas o terceiro respondeu:- Estou construindo uma catedral, onde muitos louvarão a Deus, e onde meus filhos aprenderão o caminho do céu. Essa história relata que apesar de todos estarem realizando a mesma tarefa, porém a maneira de cada um realizar é diferente. Assim igualmente acontece com a Missa. Ela é a mesma para todos, contudo a maneira de participar é diferente, dependendo da fé e do interesse de cada um:  Existem os que vão para cumprir um preceito;  Há os que vão à Missa para fazer seus pedidos e orações;  E há aqueles que vão à Missa para louvar a Deus em comunhão com seus irmãos.Compreendamos melhor agora cada parte da Missa:Na entrada, ato Penitencial, Glória, Oração, nós falamos com Deus.Na Liturgia da Palavra que compreende as 2 leituras, o Evangelho, a Homilia (Sermão), Deus fala conosco.A Liturgia Eucarística (3 partes): Ofertório, Oração Eucarística e a Comunhão é o Coração, o Centro da Missa.No ofertório nós apresentamos nossas oferendas, o nosso amor, o nosso ser representados pelo pão e vinho.Na oração Eucarística, Jesus consagra nossas oferendas e nos leva consigo até Deus.Na comunhão, Deus nos devolve esse Dom.Ao nos unirmos à Cristo unimo-nos também a todos que estão “em Cristo”, aos outros membros da Igreja.Devemos medir a eficácia das nossas comunhões pela melhora no nosso modo de ser e agir. (Mt 26, 26 - 28 – Mc 14, 22-24 – Lc 22, 19 - 20 – I Cor 11, 23 - 29)3.7 – O sacramento da CrismaCrisma é o sacramento que, conferindo os dons do Espírito Santo em plenitude, inaugurado no batismo, põe o fiel no caminho da perfeição cristã e assim o faz passar da infância para a idade adulta, pois é o Sacramento da maturidade Cristã.Podemos então dizer que a Crisma é o Sacramento da Confirmação do Batismo. É o Sacramento da Juventude. É o Sacramento por excelência do Espírito Santo.Crisma é uma palavra grega que significa: óleo de ungir. A palavra Confirmação tem aqui o significado de fortalecimento, pois deve tornar o cristão “forte e robusto” no espírito. Ungir é esfregar o óleo do Crisma na fronte do crismando em forma de cruz. Esse óleo usado na cerimônia de Crisma é consagrado na Missa da Quinta-Feira Santa.Três coisas são necessárias na administração da Crisma: A imposição das mãos sobre a cabeça do crismando; A unção com o óleo do Crisma na fronte do crismando; As palavras que o Bispo diz: Recebe por este sinal os Dons do Espírito Santo, ao que o crismando responde: Amém.Normalmente é o Bispo que ministra o sacramento da Crisma, porém ele pode delegar esse poder a um sacerdote em sua ausência.Na celebração o Bispo faz essa Oração pedindo os Dons do Espírito Santo: “ Deus Todo Poderoso que, pela água e pelo Espírito Santo, fizeste renascer estes vossos servos, libertando-os do pecado, enviando-lhes o Espírito Santo: dai-lhes, Senhor, o Espírito de Sabedoria e Inteligência, o Espírito de Conselho e Fortaleza, o Espírito de Ciência e Piedade, e enchei-os do Espírito do vosso Temor.”O Sacramento da Crisma deve provocar no crismando aquilo que o Espírito Santo provocou naqueles que estavam no cenáculo no dia de Pentecostes. Atos dos Apóstolos 2, 1-47.Para que recebemos o Sacramento da Crisma? Comumente dizemos que a Crisma nos faz soldados de Cristo, que confirma o Batismo, Sacramento do adulto, da responsabilidade. Uma só coisa a Igreja nos garante sobre este sacramento: “Crisma nos concede o Espírito Santo”.Olhando para a Bíblia, descobrimos que o Espírito Santo tem duas funções:1º) o de dar a vida através do Batismo.2º) e o de levar a vida até sua perfeição (santidade) = Crisma.A confirmação nos dá, pois, o Espírito Santo para levarmos até a perfeição o que recebemos no Batismo. Chegar à perfeição segundo a vontade do Pai.Talvez possamos dizer que o Batismo constitui mais o aspecto estático ao passo que a Crisma expressa mais o aspecto dinâmico, evolutivo da vida cristã. Uma coisa é ser cristão simplesmente, outra é chegar a plenitude de santidade. Evoluir, é tomar novo impulso, crescer constantemente na vida iniciada no Batismo.Não podemos permanecer semente; é preciso que a semente germine, cresça e dê frutos em abundância. (At 8, 14 - 19 – At 2, 1-47) Missão do crismandoSer bom fermento que leveda a massa.Fomentar a caridade fraterna.Comunicar aos outros o amor de Cristo que está nele.Mostrar, com palavras e com atos, sua maturidade cristã e o desejo de sempre crescer até atingir a plenitude de Cristo. Crisma não é um sacramento a mais, é o sacramento que faz o autêntico cristão.Ser cristão é comprometer-se com o Evangelho e ser coerente aos compromissos assumidos em relação a ele. Os sete Dons do Espírito Santo:Sabedoria: Não a sabedoria do mundo, mas aquela que nos faz reconhecer e buscar a verdade, que é o próprio Deus: fonte da sabedoria. Verdade que encontramos na BíbliaEntendimento: É o dom que nos faz aceitar as verdades reveladas por Deus.Conselho: É a luz que nos dá o Espírito Santo, para distinguirmos o certo do errado, o verdadeiro do falso, e assim orientarmos acertadamente a nossa vida, e a de quem pede um conselho. Ciência: Não é a ciência do mundo, mas a ciência de Deus. A verdade que é vida. por esse dom o Espírito Santo nos indica o caminho a seguir na realização da nossa vocação.Fortaleza: É o dom da coragem para viver fielmente a fé no dia-a-dia, e até mesmo o martírio, se for preciso.Piedade: É o dom pelo qual o Espírito Santo nos dá o gosto de amar e servir a Deus com alegria. Nesse dom nos é dado o sabor das coisas de Deus.Temor de Deus:Temor aqui não significa "ter medo de Deus", mas um amor tão grande, que queima o coração de Respeito por Deus. Não é um pavor pela justiça divina, mas o receio de ofender ou desagradar a Deus.3.8 – Sacramento do MatrimônioO matrimônio é um sacramento que estabelece uma santa e indissolúvel união entre um homem e uma mulher e lhes dá a graça de se amarem, procriarem e educarem seus filhos: "...cada homem tenha sua mulher e cada mulher seu marido. Que o marido cumpra seu dever em relação a mulher e igualmente a mulher em relação ao marido. A mulher não dispõe de seu corpo, mas sim o marido. Igualmente o marido não dispõe de seu corpo, mas sim a mulher. Não se recusem um ao outro..." (1Cor 7, 2-5)Esse sacramento foi instituído pelo próprio Deus no início da criação quando deu a Adão uma companheira - Eva - para que vivessem juntos, numa só carne, em amor fiel e indissolúvel.Quando um homem e uma mulher procuram o matrimônio cristão é porque Deus os chama para mudar o significado do amor que um sente pelo outro, para submergir o amor humano no mistério do amor de Deus.O dom do sacramento é ao mesmo tempo vocação e dever dos esposos cristãos, para que permaneça fiel um ao outro para sempre, para além de todas as provas e dificuldades, em generosa obediência, a santa vontade de Deus: "o que Deus uniu, não separe o homem".Os esposos cristãos são chamados a dar testemunho e Cristo em seu amor mútuo. A isso nos comprometemos mediante o sacramento do matrimônio, a presentear-nos um ao outro não só a luz e o calor do próprio amor, mas tornar isto um sinal de reflexo vivo desse sol de amor que é Cristo. Este compromisso tão audaz se apóia em outro que contrai o próprio Senhor: através do sacramento que Ele nos oferece como ajuda à força de seu próprio amor.O sacramento do matrimônio que retoma e especifica a graça santificante do Batismo, é a fonte própria e o meio natural de santificação para os cônjuges. Em virtude da morte e ressurreição de Cristo, dentro do qual se insere novamente o matrimônio cristão, o amor conjugal é purificado e santificado: "O Senhor dignou-se sanar, aperfeiçoar e elevar este amor com um dom especial de graça e caridade".O dom de Jesus Cristo não se esgota na celebração do matrimônio, mas acompanha os cônjuges ao longo de toda existência.
Para refletir:Indissolubilidade do Matrimônio - Mt 19, 3-9 / Mc 10, 1-12Cristo não aprova o divórcio - Lc 16,18 / Rm 7, 2-3Deveres recíprocos dos esposos - Ef 5, 21-333.9 – Sacramento da OrdemÉ um sacramento social que Cristo instituiu na Última Ceia. É um sacramento no qual Ele concede ao candidato ao sacerdócio o poder sacerdotal e lhe dá as graças para exercê-lo santamente.
O que é um Sacerdote?É um homem como nós, sujeito a fraquezas, porém separado dos demais para o exercício da doação de Deus aos homens. O Sacerdote é o dispensador do amor de Deus aos homens. É chamado de Pontífice = ponte - artifice: construtor de pontes; pontes que ligam o Céu à Terra; os homens à Deus; o eterno ao temporal; o pecado à misericórdia. O sacerdote administra os sacramentos, sinais do amor de Deus aos homens.O ministro do sacramento da Ordem é o Bispo. Em caso de impossibilidade, o Bispo delega esse poder a outro sacerdote.Jesus Cristo deu aos apóstolos a plenitude do poder sacerdotal e estes transmitiram essa plenitude a outros, pela imposição das mãos.Desde o tempo dos apóstolos, têm-se sagrado bispos e ordenado sacerdotes pela imposição das mãos e oração.Pela ordenação Sacerdotal, Jesus Cristo confere o poder de:1º Celebrar a Santíssima Eucaristia; 2º Administrar os sacramentos: Batismo, Reconciliação, Eucaristia, Unção dos Enfermos, Matrimônio;3º Administrar o sacramento da Crisma, quando receber delegação do senhor Bispo pela total impossibilidade deste;4º Consagrar e benzer (pessoas e coisas).Somente o sacerdote pode confessar e consagrar. A ordenação Sacerdotal imprime caráter que nunca se apaga. Chamamos de sinal indelevel. Pela ordenação o sacerdote fica unido de modo especial a Jesus. Ele é a extensão de Cristo entre os homens, amando-os e dispensando-lhes a salvação proporcionada por Jesus por meio da Igreja em seus Sacramentos.O sacerdote jamais poderá perder o seu poder sacerdotal, a menos que seja dispensado pelos seus legítimos superiores através da ordem expressa do Santo Padre o Papa.Jesus chama os jovens a seu serviço. Jovens de todas as nacionalidades, raças e cores. Eles devem ter requisitos básicos de cristãos verdadeiros: Fé viva e operante; Estar pronto ao sacrifício, até da própria vida, no serviço ao Deus que chama; Trabalhar pela salvação dos homens sem distinção de raça ou cor.3.10 – Sacramento da Unção dos EnfermosPelos sacramentos da iniciação cristã, o homem recebe a vida nova em Cristo. Ora, esta vida nos trazemos " em vasos de argila" (2Cor 4,7). Agora, ela se encontra "escondida com Cristo em Deus", estamos ainda em "nossa morada terrestre" (2Cor 5,1) sujeitos ao sofrimento, à doença e à morte. Esta nova vida de filhos de Deus pode se tornar debilitada e até perdida pelo pecado.O Senhor Jesus Cristo, médico de nossa alma e de nosso corpo, que remiu os pecados do paralítico e restituiu-lhe a saúde do corpo, quis que sua igreja continuasse, na força do Espírito Santo, sua obra de cura e de salvação, também junto de seus próprios membros. É esta a finalidade dos dois sacramentos de cura: o da Penitência e da Unção dos Enfermos.O Sacramento da Reconciliação cristã que mediante a oração e a unção com óleo santo feita pelo sacerdote, concede ao doente a graça e o alívio espiritual e muitas vezes o conforto corporal, isto é, concede a saúde da alma e do corpo.O óleo utilizado neste sacramento é um dos óleos que o Bispo abençoa na Quinta-feira Santa. O sacerdote unge a fronte e as mãos do enfermo. o corpo do homem ungido pelo Batismo é santo e por meio deste fazemos o bem. O Sacramento da Unção dos Enfermos faz com que estes tenham forças para testemunhar Jesus Cristo em meio ao sofrimento que passam unindo-se a obra redentora do Filho de Deus.Quem pode receber a Unção dos Enfermos? Todos os que estão gravemente doentes. As pessoas que tem mais de 60 anos.Condições para receber a Unção dos Enfermos: Estar em estado de graça, isto é, sem pecado; Receber a Unção com fé, esperança, caridade e resignação à vontade de Deus.Os sinais sensíveis da Unção dos Enfermos, oração-unção produção de graça, instituição divina, são ministrados pelo sacerdote, de preferência pelo pároco. A matéria usada para a unção é o óleo de oliveira ou planta que é abençoado na Quinta-feira Santa. No ato da unção o sacerdote profere as seguintes palavras: "Por esta santa unção o Senhor venha em teu auxílio com a graça do Espírito Santo. Deus em sua infinita bondade quis".